9 de abril de 2010

Amapá registra maior cobertura de nuvens impedindo o monitoramento do desmatamento

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou desmatamento de 208,2 km² da floresta amazônica nos meses de janeiro e fevereiro de 2010. A área equivale a 130 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a mais de cinco vezes a Floresta Nacional da Tijuca, localizada no Rio de Janeiro. Os primeiros dados sobre desmatamento em 2010 foram divulgados ontem (8).

Nos meses de outubro e novembro de 2009, haviam sido identificados 247,6 km² de devastação. Devido à forte cobertura de nuvens nesta época do ano, não foi possível fazer o monitoramento dos focos de desflorestamento no mês de dezembro.

O estado que apresentou maior área de desmatamento detectado foi Mato
Grosso, com 143,4 km2 (69%). Segundo o instituto, foi o estado que apresentou melhor oportunidade de observação pelo sistema. Roraima aparece como o segundo estado mais desmatado, com 26,9 km2 (13%).

Em janeiro, em toda a região, foram detectados 23 km² de desmatamento, e em fevereiro 185 km². No mesmo período do ano passado, foram encontrados 222 km² e 143 km², respectivamente.

O Inpe ressalta que os dados devem ser analisados levando em consideração a distribuição de nuvens, que impedem a observação de boa parte do território e dificulta o trabalho dos técnicos. A área observada livre de cobertura de nuvens correspondeu a 31% da Amazônia Legal no mês de janeiro. Em fevereiro, a cobertura foi de 43%.

Os estados que apresentaram maior cobertura de nuvens em janeiro foram os estados do Amapá (99%), Pará (96%), Rondônia (68%) e Amazonas (66%). Em fevereiro os estados de Rondônia (97%), Amapá (96%), Acre (82%) e Pará (78%) foram os que apresentaram maior cobertura de nuvens.

Por Emanuel Costa e Portal G1

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