11 de fevereiro de 2011

Prefeito de Macapá é solto após passar quase dois meses preso

O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), foi solto no final da tarde desta sexta-feira (11). Ele estava preso no Presídio da Papuda, em Brasília, desde o dia 18 de dezembro. A prisão de Góes havia sido mais uma etapa da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas federais no Amapá por políticos, funcionários públicos e empresários do Estado.

O mandado de prisão preventiva contra o prefeito havia sido expedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), após um pedido da Procuradoria-Geral da República, que acusou Roberto Góes de ocultar e adulterar provas de fraudes nas licitações. Ele nega as acusações.

Segundo a defesa, a decisão de revogar a prisão foi tomada pelo ministro João Otávio de Noronha, relator do inquérito. Desde o dia 18 de dezembro, a Prefeitura de Macapá vem sendo comandada pela vice-prefeita do município, Helena Guerra (DEM). Os advogados do prefeito não informaram quando Góes deve voltar para Macapá e nem se ele pretende reassumir a prefeitura.

O inquérito do STJ que investiga um suposto esquema de desvio de verbas públicas no Amapá aponta que Góes, incentivava, indicava e determinava fraudes em licitações da prefeitura.

Trechos do inquérito contra o prefeito afirmam que escutas da PF captaram um diálogo em 4 de outubro em que o prefeito pede para sua irmã, Queila Simone Rodrigues da Silva, procuradora-geral do município, medidas que obstruíssem a investigação da suposta organização criminosa que agia na cidade.

O prefeito é primo do ex-governador Waldez Góes (PDT), aliado do senador José Sarney (PMDB) no Amapá e que também foi preso na primeira fase da Operação Mãos Limpas, em 10 de setembro de 2010. Roberto Góes já havia sido preso na mesma fase, por porte ilegal de arma e foi solto após pagar fiança.

Fonte: Folha de São Paulo

1 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma vez, dentre os milhares que roubam diariamente dinheiro público no Brasil, alguém roubou e foi solto.
Após a saída, um pernoite merecido num bom hotel, mas não sem antes alimentar-se e
Revigorar-se com um bom vinho e comemorar um novo recomeço no mundo do crime.
Na comitiva de chegada, na cidade de seus compatriotas e correligionários, milhares de pessoas o saudavam, se espremiam disputando espaço por um abraço ou um aperto de mão. Com sorte e persistência, quiçá os dois.
Ser uma pessoa com princípios, ética e moral no Brasil é uma luta vã e quixotesca. O povo é corrupto em sua grande maioria. Corrupto não porque a maioria aleije o patrimônio público e dele subtraia bens para o proveito próprio. É corrupto porque ele doa a sua vontade e os seus atos a favor de pessoas como o referido ladrão supracitado. Na esperança que a bajulação ostensiva durante anos a fio um dia o levem a fazer parte da equipe de faxina ou segurança de algum prédio público. Se tiver um pouco mais de estudo poderá ocupar algum cargo comissionado onde apenas a carteirinha do partido irá suprir toda a falta de conhecimento e experiência para o desempenho da função.
A culpa haverão de dizer é do país que sempre foi assim e, se deus permitir, segundo eles, haverá de ser eternamente deste jeito. Ame-o ou deixe-o.