28 de fevereiro de 2011

“No Amapá, meia entrada está valendo para todo mundo”, alerta presidente da Uecsa

O presidente da União dos Estudantes do Amapá (Uecsa), Pedro Filé, informou que estudantes amapaenses estão sendo prejudicados por empresários locais com relação à lei que concede o benefício para o pagamento de meia entrada em shows, micaretas, cinema, eventos esportivos e artísticos.

Segundo a denúncia, os organizadores de eventos lançam mão de diversas maneiras para burlar a lei. Entre elas, está a famosa “meia para todo mundo”. Ou seja, o preço cobrado para entrada de eventos que é considerado alto é pago metade para todos, independente de serem estudantes ou não. “Isso ocorre muito em micaretas, onde o empresário coloca o preço de R$ 200 para todos os pagantes e na realidade, deveria cobrar apenas R$ 100 para os estudantes. Outra coisa é em relação a panfletos que eles distribuem pela cidade, informando que eles valem por meia entrada. Essas são formas que estão passando batidas pelos órgãos competentes”, destacou Pedro.

Segundo o presidente, na época de homologação da lei, o Ministério Público do Estado garantiu direito para empresários realizarem promoções e convênios com empresas privadas. “Mas apenas para isso. Porém, os empresários realizam descaradamente a falta de benefício aos estudantes. Pode-se dizer que aqui no Amapá, meia-entrada vale para todo mundo. E tenho como provar que esse benefício está sendo retirado dos estudantes”, alerta o presidente.

Ele avisa que a instituição já tomou providências sobre este caso. “Acionei o Ministério Público do Estado e mandei um ofício para a Casa da Cidadania, solicitando reunião entre empresários e a Uecsa. Por enquanto, estamos aguardando o retorno”, informa. Até o fechamento desta edição, a Uecsa ainda não havia recebido respostas por parte do Ministério Público.

Mas ele ressalta que muitos estudantes tem conhecimento de casos como esses, porém não tomam providências. “O estudante tem que entender que ele é o principal prejudicado em todo esse contexto e ele deve denunciar, caso presencie cenas em que seu direito é burlado. Se ele não fizer, acaba prejudicando ele mesmo”, reflete.

Fonte: A Gazeta

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