28 de julho de 2011

Bispo de Macapá garante que continuará com o trabalho na Pastoral Carcerária

Fonte: Jornal do Dia

O Bispo de Macapá, Dom Pedro Conti informou na manhã de ontem (27), em frente ao prédio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIODES), que mesmo depois do assalto frustrado e da tomada de reféns, vai continuar com o trabalho que produz à frente da Pastoral Carcerária no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Segundo ele, o trabalho será realizado, mas agora “precisamos encontrar algumas soluções para mudar a consciência das pessoas a cerca de toda essa onda de insegurança”, alertou.

O Bispo contou que a sensação de alívio depois do que aconteceu foi uma das melhores que ele tinha passado na vida. “Eu, quando estava trancado, recebi muitos telefonemas. Depois que sai quero agradecer a polícia e imprensa e agradeço até aos assaltantes, que entenderam que até uma certa altura, a saída era se entregar”, disse Conti.

Dom Pedro lamentou a invasão à residência episcopal. “Agora ficam as perguntas, o que eles queriam achar? Administramos sim as paróquias, mas não temos fortunas, não somos empresas”, afirmou.

A versão

Conti ressaltou que estava em seu quarto quando o telefone tocou. Um dos funcionários avisou a ele que não saísse do quarto. “Eu fiquei com medo e rezava. Depois eu soube que os bandidos chegaram , tocaram a campainha e diziam que iam pegar um a certidão”, disse.

Logo em seguida, o funcionário perguntou qual a certidão e os bandidos arrombaram a porta, entraram, anunciaram o assalto e perguntavam pelo dinheiro e pelo bispo. “Se eu tivesse ficado de refém a coisa teria outros desdobramentos. Tenho de reconhecer a capacidade do diálogo da polícia com os assaltantes, que foi primordial para o desfecho do caso”, informou Conti.

O Bispo finalizou a entrevista garantindo que a igreja vai tentar ter um pouco mais de segurança, “mas não podemos mudar a rotina, vamos continuar a administração das paróquias do mesmo jeito, não podemos nos fechar para a vida. As pessoas devem ter uma cultura de paz, não de ganância”, finalizou.

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