6 de maio de 2010

Governo Waldez deixa dívida de R$ 400 milhões no setor da infra-estrutura, afirma empresário

Esta informação veio a público na manhã desta quarta-feira (5) durante entrevista do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amapá (SINDUSCON/AP), Roberto Luiz Chaves de Souza, no programa radiofônico “Café Com Notícias”.

De acordo com o presidente do SINDUSCON, o governo do Estado não paga há oito meses às empresas que prestam serviços na área da construção civil. “É impressionante, só no setor de infra-estrutura está girando em torno de R$ 400 milhões de reais, isso um primeiro número colocado pelo próprio secretário Monterrozo”, afirma Roberto.

Obras e reformas paradas como é o caso da biblioteca pública Elcy Lacerda, da Escola de Música Walkíria Lima, Cândido Portinari, Feira do Pescador, Feirão do Produtor, Estádio Zerão e rodovia Tancredo Neves, estão paradas porque o governo não tem dinheiro para pagar as empresas do setor da construção civil. “Uma gestão de governo que o setor entrou em crise de proporções incalculáveis”, ressaltou.

Na mesma entrevista, o presidente da SINDUSCON informou que recentemente, tiveram reunidos em Brasília com a bancada Federal, uma comitiva de 20 empresários do setor, para verificar uma saída para tentar amenizar os pagamentos atrasados. “Inclusive o presidente Sarney se prontificou e eu acredito que tenha interagido com o BNDS, para viabilizar o empréstimo”, afirmou Roberto, levantando preocupação se o empréstimo não sair. “As outras alternativas, seriam as verbas de bancada, mas pelo prazo da lei eleitoral nem podemos nem sonhar com essa expectativa”, disse Roberto.

Na avaliação do empresário, houve falta de planejamento na execução das obras no governo Waldez Góes (PDT-AP). “Eu acredito que o gestor que saiu perdeu totalmente o controle do planejamento estratégico do seu governo. Só pra se ter uma ideia no último dia da saída do gestor Waldez Góes estavam assinando contratos de obras com recursos do tesouro. Então pra ver o nível de irresponsabilidade e de controle que o Estado estava sendo gerido”, acrescentou.

Com a crise no setor da construção civil por conta de atraso de pagamento do governo Estadual está havendo demissão em massa. “E você sabe que a Justiça do Trabalho não quer saber se o governo não paga”, alertou.

Para o deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB-AP) é uma irresponsabilidade administrativa do governador do Amapá, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP-AP), tentar esconder a crise financeira que passa o Estado. “Enquanto o governador se cala para preservar o nome de Waldez, deixa de encaminhar as soluções necessárias para mudar a atual situação de crise financeira que vive hoje o Estado. O Governador Pedro Paulo precisa dar uma resposta para a sociedade”, desabafa Camilo.

Por Eduardo Neves

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