26 de maio de 2010

“Corrente pra trás”

Faltando poucos dias para começar a Copa do Mundo na África do Sul não se ver nenhum amapaense vestido com a camisa da seleção brasileira. Os lojistas estão preocupados com o desanimo da população que chegam até a baixar o preço das camisas para não perder a venda.

“Um camisa original da seleção brasileira que custava R$120, agora está sendo vendida por R$80, por que estamos vendo que a população não esta nem ligando para o início da copa e torce pelo Brasil.”, disse Fábio Campos, gerente de uma loja.

Outros assessórios, como bonés, faixas e adesivos da seleção também não estão saindo das lojas. “As vendas estão paradas, não sai nada. Vamos ter um grande prejuízo”, comentou o dono de um armarinho.

Os lojistas mais experientes dizem que a baixa procura por camisetas e assessórios da seleção brasileira se dá devido o técnico Dunga não ter convocado o Neymar e o Paulo Henrique Ganso. “Antes de sair a lista dos convocados da seleção até que algumas camisas foram vendidas, mas depois, não tem saído quase nada.”, falou o dono de uma loja.

RUAS

Em 2002, neste mesmo período, quando a seleção foi pentacampeão as ruas de Macapá estavam todas enfeitadas, agora não se ver nenhuma rua vestida de verde e amarelo. “Ninguém quer se reunir para enfeita as ruas por que todos estão desacreditados com o Brasil do Dunga.”, disse a dona de casa Fátima Pinto.

NEM TUDO É TRISTEZA

O sonho de assistir aos jogos da Copa do Mundo numa TV fininha está mais acessível ao bolso do brasileiro. Desde a última Copa, em 2006, até hoje os preços desses televisores no varejo caíram mais de 70% e os prazos de pagamento oferecidos pelas lojas triplicaram, chegando a 30 meses.

Recuo do dólar, evolução tecnológica, montagem dessas TVs no País e, sobretudo, aumento de produção explicam o barateamento do eletroeletrônico. Quatro anos atrás, o preço mais frequente encontrado nas lojas de um televisor de 42 polegadas de Plasma ou com tela de cristal líquido (LCD, na sigla em inglês) era R$ 7.999, segundo pesquisa feita a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pela empresa especializada em coleta de preços Shopping Brasil. O levantamento foi feito a partir de anúncios de 77 redes de lojas em jornais e encartes.

Hoje o preço mais frequente de um televisor de LED de 42 polegadas, aparelho com tela mais fina que as TVs de LCD tradicionais e com maior qualidade de cor, graças a mais de uma centena de LEDs (diodo emissor de luz) nas bordas, é R$ 2.799, de acordo com o levantamento feito em 84 redes varejistas. A queda é de 65%, sem descontar a inflação acumulada no período que foi de 21,12%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe.

A mesma pesquisa revela que o menor preço do equipamento anunciado quatro anos atrás era R$ 4.999. Atualmente a cotação mais baixa para essa TV é R$ 1.279, uma redução de 74,4%. De acordo com os dados, houve retração de 58,5% nos últimos quatro anos no maior preço de mercado encontrado para equipamento, de R$ 12.999 para R$ 5.399.

Por Emanuel Costa e Jornal O Estado de São Paulo

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