3 de março de 2010

Deputada Janete sintetiza em "abandono" a situação do Bailique‏

BRASÍLIA, 03/03/2010 – A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) relatou no plenário da Câmara dos Deputados a viagem que fez ao Arquipélago do Bailique, nos dias 26 a 28 passados. Nas 8 ilhas localizadas na foz do Rio Amazonas moram 10 mil pessoas distribuídas em 52 comunidades ribeirinhas. Com ela, viajaram o deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB/AP) e o governador do Amapá entre 1995 e 2002 João Alberto Capiberibe.

A deputada socialista mostrou-se insatisfeita com a situação vivida pelos moradores do Arquipélago. “O que vimos no Bailique pode ser resumido numa palavra: abandono. O governo do Amapá e a prefeitura de Macapá, administrados pelos primos Waldez e Roberto Góes, abandonaram o Bailique”, constatou Janete.

DEFICIÊNCIAS – No relatório da viagem, a deputada Janete Capiberibe relata problemas comuns no fornecimento de água potável e energia, na educação e na saúde e na precariedade das passarelas que põe em risco a integridade das pessoas.

A deputada Janete Capiberibe mostrou-se contrariada com o isolamento a que os moradores são submetidos pela precariedade dos serviços de telefonia. Da tribuna da Câmara, cobrou providências da Operadora OI. Algumas comunidades sequer contam com um telefone público, como Igarapé Grande, Itamatatuba, Ponta da Esperança e Jaranduba. Noutras, como Freguesia, Vila Progresso, Vila Macedônia, os telefones existem, mas poucos funcionam.

As comunidades têm energia entre 3 e 18 horas por dia. A quota mensal de combustível fornecido pela Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA só abastece os geradores durante 18 dias. Durante mais de 1/3 do mês, os moradores precisam se quotizar para fazer a obrigação do governo do estado e abastecer os geradores. Se não, ficam completamente no escuro. Há racionamento até no sulfato para tratamento da água e o salário dos servidores da CAESA está atrasado. Na Vila Macedônia, o posto policial foi abandonado e não há guarnição. Falta merenda nas escolas. O atendimento médico só acontece a cada 15 dias.

“As comunidades não tem água tratada e a energia elétrica fornecida em poucas horas do dia atrasa a economia local. As duas estatais – CAESA e CEA – foram falidas pelo governador Waldez Góes”, arremata a deputada.

REVANCHISMO – As iniciativas implantadas durante o Governo do Desenvolvimento Sustentável do Amapá foram abandonadas pelo governador Waldez Góes, tirando dos moradores a possibilidade de desenvolvimento, autonomia econômica e geração de renda dentro das comunidades.

Durante sua gestão à frente da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio, Meio Ambiente e Turismo, a deputada Janete Capiberibe implantou, por ação do governo de desenvolvimento sustentável do Amapá, agroindústrias de açaí, mel, pescado, camarão e palmito. “É com muita tristeza que vejo hoje todas fechadas”, lamentou a socialista.

Na Comunidade do Igarapé Carneiro, a unidade de beneficiamento de mel de abelha e polpa de açaí está fechada. Inaugurada em 2002, foi maquiada em 2005 pelo atual governador apenas para retirar a placa do Governo do PDSA. A fábrica de gelo e pescado, na comunidade de Itamantatuba, adequada ao potencial econômico do arquipélago, também está fechada.

Na Foz do Gurijuba, os moradores levaram a deputada Janete, o deputado Camilo e o ex-governador Capiberibe para visitarem uma escola estadual que está prestes a cair. A Escola Bosque e o Hotel Escola também estão se deteriorando, como apodrecem as passarelas na maior parte das comunidades sem que sejam reformadas pelo poder público.

“Vocês podem ter a certeza que nunca iremos esquecer o que o Capi e a Janete já fizeram por nós e irão fazer ainda muita coisa. Hoje estamos abandonados pelo poder público. A nossa escola caiu e os próprios moradores construíram outra escola.”, desabafou um morador da comunidade Ponta do Curuá.


Texto
Sizan Luis Esberci
Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe – PSB/AP
61 3215 5223

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