5 de junho de 2010

Ciclo do Marabaixo encerra neste domingo no Laguinho

Após dois meses de festejos encerra neste final de semana o Ciclo do Marabaixo 2010 com a derrubada dos mastros da Santíssima Trindade e Divino Espírito Santo e a escolha dos festeiros de 2011. No bairro Laguinho o Ciclo iniciou no Domingo de Páscoa com o Marabaixo da Ressurreição e seguiu com o corte dos mastros nas matas do quilombo Curiaú, missas, novenas, rodadas de marabaixo até o amanhecer e levantamento dos mastros enfeitados com ramos ao raiar do dia.

A festa centenária é realizada dentro da tradição e este ano a Associação Folclórica Raimundo Ladislau comemora duas conquistas, conseguiu resgatar o respeito da Igreja Católica reatando os laços com a coordenação da paróquia São Benedito após um mal entendido em 2009 que impediu que as imagens fossem colocadas no altar, e ainda a união dos quatro grupos que realizam o Ciclo na capital. “Conseguimos nos unir e isso é muito importante para que a nossa cultura não fique somente nos livros, somos todos parentes dos negros antigos que lutaram contra muitos preconceitos para manter viva essa tradição”, fala Danniela, presidente da Associação e bisneta de Mestre Julião Ramos, um dos primeiros moradores do Laguinho.

No domingo, chamado na tradição de Domingo do Senhor, às 17:00 começa a festa com rodadas de marabaixo na Casa da Tia Biló com toques de caixas, fogos e distribuição de caldo e gengibirra. Como manda a tradição, às 18:00 os mastros são derrubados a som dos “ladrões” e caixas de marabaixo. O festeiro do próximo ano é quem pega uma das bandeiras que ficam no alto dos mastros. A festa termina à meia-noite. A casa da Tia Biló fica na rua General Rondon, entre Mãe Luzia e Nações Unidas.

Por Mariléia Maciel - Assessora de Comunicação - AFRL

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