2 de novembro de 2011

Polícia prende acusados de clonar cartões de crédito em Macapá

As Polícias Civil e Militar do Amapá prenderam quatro homens sob acusação de efetuar saques de forma irregular de contas correntes em agências bancárias. De acordo com o delegado Roberto Pauxis, a quadrilha usava aparelhos conhecidos como "chupa cabra", responsável pela coleta de informações de correntistas.

A polícia ficou sabendo do golpe a partir de saques feitos em contas de pessoas que detectaram a subtração de dinheiro e avisaram a mesma. Os acusados são do município de Bacabal, estado do Maranhão, e estavam em Macapá há sete dias com a finalidade de praticar o delito contra o sistema financeiro.

Eles instalavam o "chupa cabra" em caixas eletrônicos, com leitor de cartão, adesivos semelhantes aos do banco oficial com sistema de clonagem de dados, que eram repassados a um computador portátil. Com a senha copiada, os saques eram efetuados normalmente.

Aproximadamente R$ 30 mil foram arrecadados com o golpe. Os investigadores chegaram aos acusados após monitorar, nos últimos sete dias, as agências bancárias por onde eles passaram.

O delegado ressalta que a investigação sobre este caso vai continuar, a fim de saber se existem pessoas de Macapá envolvidas com o crime. Com eles, a polícia apreendeu mais de R$ 6 mil em espécie, notebook, dezenas de cartões de créditos, vários aparelhos celulares e o equipamento usado para chupar informações cadastrais.

O delegado Roberto Pauxis, que coordenou as prisões, explicou que foi pedida a prisão preventiva dos envolvidos para inibir as possibilidades de fuga. "Como eles não são do Estado do Amapá, manteremos os acusados na penitenciária local até recebermos autorização para transferi-los ao Maranhão", disse Roberto Pauxis.

Um casal de idosos, vítima do golpe, prestou depoimento à polícia e informou que tiveram cerca de R$ 8 mil sacados da conta corrente. "Na minha conta havia R$ 1.400,00 e na conta da minha esposa R$ 6.600,00. Todo esse dinheiro foi retirado do dia para a noite, sem que soubéssemos o que tinha acontecido",

A ação teve apoio da equipe de militares do 6º Batalhão, sob o comando do sargento Eliel Reis, que deram voz de prisão ao quarteto em um quarto de hotel, no centro da cidade, onde eles estavam hospedados.

Por José Maria Silva/DGPC

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