28 de julho de 2010

Tá no Jornal o Tablóide

DECLARAÇÕES DE ADVOGADO SOBRE ERROS DA POLÍCIA NA “CHACINA DOS KONISHI” REPERCUTEM

As declarações feitas pelo advogado Américo Leal sobre a confissão de Wellington Raad, principal suspeito pela morte de Caroline Konishi, 35, e dos filhos dela, Marcelo, 18, e Vitória, 11, repercutiram. Para ele, as declarações foram conseguidas sob forte pressão, o que tornaria o inquérito duvidoso.

Leal assumiu a defesa de Raad, preso dois dias depois do crime e tido como o assassino da família, executada a facadas dentro da casa onde morava no bairro Jardim Marco Zero. A polícia chegou ao suspeito pelas digitais deixadas na residência, o que para o advogado não liga Raad ao crime. “Qualquer pessoa amiga da família, que freqüentasse a casa, pode ter deixado digitais lá.

Isso não quer dizer que meu cliente tenha matado alguém”. Wellington Raad disse em depoimento que esteve na casa de Caroline no dia do crime, saiu e retornou depois. Ao acionar a campainha nesse retorno não se lembra mais de nada. A versão foi mantida em todos os interrogatórios. Américo Leal disse ter tido acesso ao processo e às provas, mas não foram encontrados detalhes sobre as digitais detectadas na casa. Leal questionou o que foi dito pelo delegado que presidiu o inquérito. Roberto Prata teria afirmado que as digitais estavam no processo.

Para o advogado, Prata não sabia nem do que estava falando, e reforça que as ameaças foram suficientes para que Raad confessasse o crime. “Ele ficou aterrorizado com a possibilidade de ser mandado para o Iapen, e lá ser violentado física e sexualmente”, disse Leal. Ele vai além e diz que no local do crime foram encontradas duas facas que não foram submetidas à papiloscopia, que identificaria digitais.

Falando sobre as lesões encontradas nos corpos, em um deles, os ferimentos ocorreram do lado esquerdo, e em outra, do lado direito. Presumivelmente, duas ou mais pessoas teriam participado da chacina. “É praticamente impossível, que uma só pessoa consiga assassinar três outras. Enquanto ele estaria com uma, as outras duas ficariam caladas sem gritar?”, questiona o advogado. Leal diz que os fatos precisam ser esclarecidos sob a luz da razão para que não haja um futuro erro judicial.

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