30 de setembro de 2011

Antônio Nogueira continua prefeito de Santana após tentativa de vereadores de tirá-lo do cargo

A decisão tomada na noite de terça-feira, 27, pelo grupo de vereadores opositores políticos do prefeito Antônio Nogueira não conseguiu seu objetivo que era de afastar o gestor. Durante a Sessão na Câmara de Vereadores os sete parlamentares de oposição aprovaram o afastamento do prefeito petista por 90 dias e a criação de uma Comissão Processante para apurar a denúncia feita por um sindicalista. Segundo a denúncia, o prefeito teria desviado recursos do Fundo Municipal de Saúde para pagamento de pessoal. Baseado na ilegalidade do ato, Antonio Nogueira continua administrando o município contrariando o intento dos vereadores que era colocar o vice-prefeito Carlos Matias na cadeira.

Na sessão, os vereadores Robson Rocha (PTB), Adelson Rocha (PPS), Fábio José (PMDB), Robson Coutinho (PPS), Mário Leonardo (PDT), Ronilson Barriga (DEM) e Jailson (PDT) aprovaram o ato ilegal tendo o voto contrário do vereador Richard Madureira (PT). Os vereadores Josivaldo Abrantes (PSDB) e José Luis (PT) não puderam votar por serem presidente e vice da Casa. Segundo a  assessoria jurídica do prefeito, a decisão é Nula de Pleno Direito e não teve qualquer efeito jurídico, legal ou prático. Os advogados basearam-se na Constituição Federal que diz que a Câmara de Vereadores não tem competência para afastar o prefeito, o que cabe somente ao  Poder Judiciário, e ainda que, na votação, o prefeito não teve direito à defesa.

O texto de acusação lido durante a sessão plenária foi baseado em um relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que está investigando o ex-secretário de Saúde, Carlos Matias (PR), por direcionamento em licitação e outras questões relacionados à pasta, assim como por remanejamento interno do orçamento da Saúde sem a autorização do Poder Legislativo. O prefeito está incluído junto com o Secretário neste último caso, mas demonstrou que os ajustes orçamentários foram devidamente autorizados pela Câmara Municipal.

O próprio TCU reconheceu e excluiu o prefeito dos demais casos, seguindo a Lei nº 136/1993 que diz que a administração, empenho e execução dos recursos orçamentários e financeiros do Fundo Municipal de Saúde cabem ao secretário municipal de saúde, o que significa que prefeito não tem ingerência sobre o recurso. O TCU está analisando a defesa de Nogueira. Carlos Matias chegou à vice na reeleição do petista, acumulou o cargo de secretário desde 2009 e foi exonerado recentemente.

O movimento político está sendo avaliado como golpista uma vez que as acusações são ilegais e sem que tenha sido dada chance de defesa ao prefeito. Para Nogueira trata-se de um ato para causar seu desgaste junto à comunidade  visando as eleições municipais do próximo ano. “Tenho direito à ampla defesa, essa trama será desmascarada. Fui eleito pelo povo e não é um grupo de vereadores com seus interesses políticos que vai me tirar da prefeitura. Se quiserem a Prefeitura terão que se eleger”, disse o prefeito.
 
Nogueira tranquilizou a população afirmando que é prefeito de Santana e que continua trabalhando para desenvolver o município até o final de seu mandato com o apoio do Governo do Estado. Ele acredita que vai fazer o que não foi possível nos últimos anos por questões políticas que fez com que o Estado investisse o mínimo em Santana como punição ao fato dele não fazer parte do grupo aliado dos ex-governantes. Nesta sexta-feira, 30, será assinado convênios no valor de R$ 10 milhões entre a PMS e o GEA para que sejam realizados diversos serviços, entre eles o asfaltamento de 15 km de vias e limpeza da cidade.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação
Prefeito Antonio Nogueira

1 comentários:

Anônimo disse...

O colunista tem toda razão ao afirmar que a Cãmara de Vereadores de Santana não tem poderes para afastar o prefeito, preventivamente, do cargo pois cabe esta decisão somente ao judiciário. No entanto ao final de todo esse processo investigatório instaurado na câmera de vereadores, os mesmos, se assim julgarem procedente, podem sim cassar o prefeito. Já tivemos precedentes em outros municípios brasileiros e certamente com a atual condução do caso o Prefeito Nogueira vai ser cassado. a Cãmara de Vereadores tem poderes constitucionais para isto.