21 de maio de 2011

Diante do arrocho imposto pelo governo do Amapá, servidores decidem entrar em greve

Mais 10 mil alunos da rede estadual de ensino irão ficar sem aula a partir da próxima semana. Em assembleia geral, ocorrida nesta sexta-feira (20) na quadra da Escola Estadual Gabriel de Almeida Café, em Macapá, o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) decidiu que a partir de terça-feira (24) a categoria entra em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após longa discussão com sindicalizados e depois de representantes do Sinsepeap sentarem à mesa com membros do governo, no dia anterior.

O Sinsepeap cobra do governo a destinação de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização de Profissionais da Educação (Fundeb) para aumento de perdas salariais. “Sabemos que há uma sobra desse dinheiro. Acreditamos que utilizando essa sobra dá pra conceder o reajuste que a gente reivindica”, disse Rui Valdo Coutinho, presidente do Sinsepeap.

A categoria protesta ainda contra o pagamento de regência de classe a dois mil e quinhentos servidores da educação que estão sendo desviados da função ou estão cedidos a outros órgãos que não a Secretaria Estadual de Educação. Estes profissionais estariam recebendo benefícios que correspondem à R$ 3 milhões. “Decidimos pela greve e vamos cobrar do governo que se cumpra o que é possível. De outra forma fica difícil. A categoria vai parar o funcionamento das escolas na semana que vem”, reforçou Rui Valdo.

Por outro lado, a Federação das Entidades dos Servidores Públicos do Estado do Amapá (Fespeap), se reuniu com representantes dos vários sindicatos que cobram melhorias trabalhistas e decidiram que irão sentar à mesa de negociação na próxima segunda-feira (23). A reunião está agendada com o procurador do Estado, Márcio Figueira. A principal deliberação deverá ser sobre a revogação da lei que aprovou o reajuste de apenas 3% para os servidores. Além disso, o índice e a base de cálculo utilizados também serão revistos. “Reunimos com os outros sindicatos e decidimos que ainda não vamos entrar em greve por conta dessa conversa da próxima semana. Mais nada está descartado, tudo vai depender dessa reunião”, disse Marlúcio de Almeida.

Já o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amapá (Sinapen), decidiu que hoje (21) e domingo paralisam os serviços no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá. Estes dois dias são os de maior fluxo de pessoas no Instituto de Administração Penitenciaria do Estado (Iapen). É quando o local recebe visitação e mais de 100 pessoas passam pelo portão de entrada. Nestes casos, elas precisam ser revistadas na intenção de evitar a entrada de objetos ou substâncias proibidas. O trabalho deverá sofrer abalos com ausência dos agentes penitenciários, que são os responsáveis pela inspeção.

Fonte: A Gazeta

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