Na era da modernidade, onde a comunicação entre as pessoas se faz cada vez mais necessária em curto espaço de tempo, buscar meios de contato é imprescindível na sociedade. O que deveria servir como um desses recursos, não oferece as mínimas condições de uso. O velho orelhão, telefones públicos, do segundo maior município do Amapá, Santana, são muitos que não funcionam, o resultado transtornos para população.
Atualmente existem mais de 50 telefones públicos espalhados nos mais diversos pontos do município e pelo menos 90% deles não funcionam. A afirmação foi feita pelo cobrador Antonio dos Santos que diz sentir na pela a situação. "Eu ando tudo por aí e preciso dos orelhões para cobrar meus clientes. Meu amigo para achar um orelhão que preste é complicado. Se eu for usar celular o meu lucro vai pro espaço", relatou indignado.
Não bastasse o péssimo estado de conservação, alguns telefones públicos simplesmente não funcionam. Um dos motivos para este problema é a ação de vândalos que destroem o patrimônio público. A dona de casa Lurdes dos Santos também reclama da demora na manutenção do telefone localizado a poucos metros de sua residência. "Os homens já demoram pra vir ajeitar só que aí ainda tem os marginais que a noite ficam pendurados no fio do telefone, quebrando o bicho", conta.
O problema atinge em cheio as famílias carentes que não têm condições de adquirir um telefone celular. O fato gera indignação, principalmente, nas situações de emergência. A lavadeira de roupas Maria Eugênia dos Santos, que reside numa área de ponte localizada no bairro paraíso entre as avenidas Dom Pedro I e das Nações, grávida de 9 meses e em trabalho de parto, precisou de uma ambulância e o único orelhão mais próximo fica a pelo menos 100 metros. Um de seus filhos ao chegar no orelhão para a sua surpresa o mesmo estava quebrado. Se não fosse a ação de populares em chamar um táxi, a senhora daria a luz na própria residência. "Isso é um verdadeiro desrespeito com a população", finalizou o marido da senhora Raimundo dos Santos.
Por Johnwene Silva
16 de abril de 2011
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