Do início do mês pra cá, subiu para a 341 o número de pessoas desabrigadas e desalojadas nos interiores do Amapá. Em Serra do Navio, o número de moradores atingidos pelas enchentes chega a 119. Em Ferreira Gomes, 193, Porto Grande 30. O município de Calçoene também foi atingida pela alta do rio de mesmo nome da cidade. Até a semana passada, 40 famílias estavam desalojadas.
De todos os municípios castigados pelas enchentes, Serra do Navio está em piores condições. A prefeita da cidade, Francimar Santos, decretou na sexta-feira (8), estado de emergência devido ao alagamento em quatro distritos, causado pela elevação do nível do rio Amapari. Até o momento 119 pessoas estão desabrigadas. As famílias foram levadas para abrigos improvisados pela prefeitura. Outras estão alojadas em casas de parentes e amigos. Esta é considerada a pior enchente, desde 2002.
Até esta segunda-feira (11), o nível do rio estava sete metros acima do normal. Por conta das enchentes as aulas foram suspensas em todas as comunidades afetadas. As salas de aula foram transformadas em abrigos. Os postos de saúde também servem de alojamentos para os desabrigados.
As fortes chuvas que caem na região deixaram os moradores do loteamento Silvestre – também em Serra do Navio – isolados. A estrada que dá acesso a região está interditada por causa dos fortes temporais. Segundo a prefeita, se as chuvas continuarem, o município corre sério risco de ficar isolado.
“A ponte sobre o Amapari está a menos de 30 centímetros do nível do rio. Se as chuvas continuarem a cair com a mesma intensidade, não vai demorar muito para ela ficar submersa”, disse Francimar.
Ainda de acordo com a prefeita, por conta da elevação do rio, a partir das 18h, a estrada que dá acesso a sede do município é interditada. “Depois desse horário, a estrada fica submersa, e a correnteza é muito forte pode arrastar carros pequenos. Para garantir a travessia, o pessoal da defesa civil municipal e do corpo de bombeiros fica de plantão no local. Eles estendem uma corda e por ela, as pessoas atravessam”, explica.
Em Ferreira Gomes, a situação – também – começa a se agravar. Em quatro dias 70 pessoas já deixaram as casas. O nível do rio continua subindo. Desde que passou a ser monitorado pelo Corpo de Bombeiros, a água já subiu 50 centímetros.
A elevação do nível do rio foi impulsionada pela abertura de oito comportas da Usina de Coaracy Nunes, para escoar o excesso de água. Segundo o CBM são liberados, em média, 248 m³ de água por segundo.
O gerente administrativo da Eletronorte – regional Amapá -, Francisco Carlos Miranda Leão, informou que a empresa já enviou para Ferreira Gomes alimentos destinados as 193 pessoas desabrigadas, além de sacos para armazenamento de lixo, água mineral, como também um caminhão, uma van e uma voadeira para apoiar os trabalhos da Defesa Civil.
A elevação do rio Araguari também atingiu parte do município de Porto Grande. As áreas mais afetadas são Matadouro e Central. Até o momento, 29 pessoas estão desalojadas. A prefeita de Calçoene, Maria Lucimar não foi encontrada para falar sobre a cheia no município.
Fonte: A Gazeta
12 de abril de 2011
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