2 de setembro de 2010

Quatro Versus Cadáver: comédia paraense volta ao palco do SESC ARAXÁ após temporada em Maranhão e Belém

Após bem sucedidas apresentações na cidade de São Luís e Belém o espetáculo “Quatro Versus Cadáver”. Com textos de Carlos Correia Santos, Edyr Augusto Proença, Rodrigo Barata e Saulo Sisnando, a peça será apresentada nos dias 15 e 16 de setembro, quarta e quinta, sempre às 20 h, no salão de eventos do Sesc Araxá.

O Criador do projeto, Saulo Sisnando também assina a direção da montagem que venceu o prêmio Myriam Muniz, da Funarte, e ganhou a chance de circular por outras capitais brasileiras.

A inusitada comédia, que reúne em um só espetáculo as estéticas e linguagens de quatro dos mais atuantes dramaturgos da atual cena teatral nortista, não apenas conquistou bom espaço na mídia maranhense como arrancou gargalhadas e aplausos do público de São Luís. A vitória no concorrido edital da Funarte está permitindo a divulgação, em praças distintas, de um autêntico mosaico do que a dramaturgia paraense contemporânea está produzindo.

Cada um – “Quatro Versus Cadáver” alinhava quatro divertidas histórias que seguem um mesmo mote, a clássica circunstância das tramas de mistério: um personagem assassinado e um grupo de suspeitos. Quem matou? Por que matou? Como matou?
Para desenvolver seu enredo, Carlos Correia Santos escolheu a metalinguagem. A personagem de uma das atrizes some enigmaticamente. Ela não consegue mais encontrá-la. A conclusão é só uma: algum de seus colegas de cena seqüestrou sua personagem para tentar matá-la. Mas quem? Por que? Como? A platéia diverte-se com o embate dos egos dos atores e não percebe que a solução para esse “crime cênico” pode estar bem mais perto do que suspeitam.

Norteada por um humor ácido e provocativo, a trama de Edyr Augusto segue os moldes dos clássicos do cinema noir. Um intrigante casal parece estar relacionado à estranha morte de um pesquisador envolvido no desaparecimento de um Muiraquitã. Tudo, no entanto, sofre uma grande reviravolta e a platéia é quem acaba morrendo de rir.

Rodrigo Barata aposta numa narrativa regada a escandalosos e hilários desdobramentos. Um jovem milionário é assassinado por seus irmãos gêmeos adotivos. A sinistra e tosca empregada da família surge para fazer revelações bombásticas e tornar tudo ainda mais histriônico.

Por fim, inspirada na estética das HQs, a história de Saulo Sisnando costura todas as demais, misturando seus elementos e pontuando de forma criativa as características dos demais autores do espetáculo.

Fonte: Sesc Araxá

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