18 de setembro de 2010

Caiu na Net

Testemunhas sofrem ameaças de morte no caso da prisão do governador do AP



Ameaças de morte, recados dados por terceiros e notícias de que uma facção no interior da Polícia Militar estaria arregimentando homens para a formação de um grupo de extermínio estão provocando medo em testemunhas no inquérito da Polícia Federal que serviu de base para a Operação Mãos Limpas, no Amapá.


A operação da PF levou à prisão de 18 pessoas, na sexta-feita da semana passada, entre elas o governador Pedro Paulo Dias (PT) e o ex-governador Waldez Góes (PDT). As eventuais ameaças podem complicar a situação dos acusados, que correm o risco de ficar mais tempo na prisão.


As testemunhas já passaram informações à delegacia da PF do Amapá sobre as ameaças. Na lista de ameaçados aparece o nome do empresário Luciano Marba da Silva, proprietário da LMS Vigilância e Segurança Privada. Ele foi autor das denúncias que deflagaram as investigações sobre a empresa Amapá Vip - uma das principais beneficiadas pelo quema de desvio de recursos públicos nas secretarias da Saúde e da Educação.


Outros dois que disseram ter recebido ameaça são o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Amapá, Manoel Pereira da Lima Filho, e o advogado Luiz Mario Araujo de Lima, assessor jurídico da Secretaria de Segurança. Este último foi o autor das denúncias publicadas na quarta-feira pelo Estado sobre eventuais irregularidades no aluguel de helicópteros naquela secretaria.


Do conjunto de 18 pessoas que tiveram prisão temporária decretada na semana passada, 12 já foram colocadas em liberdade. Os outros 6 investigados - entre elas o governador, o ex-governador, o presidente do Tribunal de Contas do Estado e os secretários de Segurança e Educação - permanecem detidos.


Se a Justiça confirmar as ameaças e verificar que estão vinculadas a tentativas de atrapalhar o andamento das investigações, poderão ser decretadas prisões preventivas.


Abandonar as eleições

Outro envolvido na história que passou a temer pela vida é o deputado estadual Moisés Souza (PSC). No ano passado ele presidiu na Assembleia Legislativa uma comissão parlamentar de inquérito destinada a investigar denúncias sobre os contratos entre as secretarias da Saúde e da Educação e a Amapá VIP.


Na última quinta-feira (16) o deputado disse ao Estado que vai prestar depoimento à PF a respeito das ameaças que teria sofrido nos últimos dias. Nervoso, ele se recusou, no entanto, a dar detalhes sobre a forma como teria ocorrido. Mas adiantou que está propenso a abandonar a disputa eleitoral neste ano e que já pensa também em deixar o Amapá.


Nomes de oficiais da PM que estariam formando um grupo extermínio chegaram aos ouvidos de uma testemunha e também aos integrantes do Ministério Público do Estado envolvidos na operação. A Promotoria de Investigações Civis e Criminais pôs uma equipe na rua para apurar a veracidade das informações. Também foi agendando um encontro com a PF para transmitir informações sobre as notícias-crimes.


"O ambiente é de hostilidade e tememos pela vida daqueles que testemunharam. Nada garante que não seja armação, mas temos obrigação de investigar", disse ontem o promotor Eder Geraldo Abreu.


Uma das testemunhas ameaçadas disse na quinta-feira ao Estado, sob condição de não ter o nome revelado, que recebe os recados por meio de terceiros. Já teriam dito a ele para "sumir do Amapá" e que sua cabeça estaria a prêmio.


Para se ter uma ideia do clima de tensão na cidade, na quarta-feira, um evento ocorrido em frente à casa do ex-governador e candidato ao Senado, Waldez Góes, acabou com ameaças de violência. O episódio envolveu a mulher do candidato, Marília Góes, candidata a uma vaga na Câmara, que acabara de sair da prisão e ainda estava em Brasília.


No comício em Macapá, instalaram um alto falante para amplicar a voz de Marilia, transmitida por celular. Ela pedia aos eleitores que acreditassem na defesa do casal, quando a esposa de um empresário local, que passava por ali, debochou da cena. Foi o bastante para ser perseguida de automóvel de automóvel por um partidário dos Góes. O caso acabou sendo registrado na delegacia de polícia.


PARA LEMBRAR


Iniciada em agosto, a investigação que culminou na Operação Mãos Limpas, deflagrada na sexta-feira passada, identificou desvio de recursos públicos e fraudes em licitações no
Amapá. O ex-governador Waldez Góes (PDT) e seu sucessor, Pedro Paulo Dias (PP), são apontados pela PF como os mentores do esquema. Na operação, a Polícia Federal apreendeu R$ 1 milhão em espécie. Ontem, procurado pelo Estado, para dar detalhes do episódio, o marido da vítima pediu que a história fosse esquecida.


ESCUTAS


Numa das ligações, Lívia conversa com Pedro Paulo sobre o almoço que ele realizará em sua residência com empresários e políticos para arregimentar suporte político para as próximas eleições.


Lívia indaga a uma mulher não identificada que acabou o dinheiro de Carlos Lobato
(um radialista amapaense)


"Uns 30 mil são dele. Lobato falou em seu programa de rádio que tem um pré-candidato que anda fazendo almoço em casa tentando agradar os jornalistas."


Mulher não identificada pergunta se Lívia convidou Lobato para o almoço e ela afirma que sim.


"Lobato leva todo o dinheiro da Secretaria Estadual da Saúde. Nunca vi uma pessoa gastar
30 mil em uma semana!"


Mulher não identificada pergunta porque o Dr. Pedro Paulo ainda assim chama o
Carlos Lobato para o almoço. Lívia critica Pedro Paulo pelo fato de Carlos Lobato bater, bater e mesmo assim o doutor continuar dando dinheiro.


Pedro Paulo liga para Lívia perguntando se o aluguel de Ana Paula foi pago porque a "pessoa do tribunal" (referindo-se ao desembargador Gilberto Pinheiro) quer saber.


Pedro Paulo pergunta se o aluguel da pessoa ligada ao tribunal foi resolvido. Lívia não se lembra. Pedro Paulo diz que é aquele aluguel que a pessoa pediu para pagar porque estava há seis meses em pagar.


"Era da Ana Paula"


Lívia responde que Josiel (funcionário da Secretaria) estava resolvendo e acha que já foi acertado. Pedro Paulo diz que a pessoa do tribunal está indo lá (falar com ele, provavelmente em seu gabinete) e que ele não sabe do assunto.


"Mas se for isso..."
(fala com raiva)


Lívia reclama que Josiel sumiu o dia todo e Josiel se explica:


"Cadê o doutor?"
(governador Pedro Paulo)


"Tá doido atrás de ti. Tem um depósito de 20 mil para fazer agora"


"Ahhhh.... era, era para resolver... é, é, deixa eu falar pra ti, tá ficando
doida?" (gritando)


"Desculpa"
(não conseguindo conter o riso)


"Olha, é o pagamento do pessoal do... pagamento do pessoal do....."


"Ai...
(diz Lívia, ainda sem
conseguir conter o riso)


"De Brasília. Assim que eu folgar, eu passo na sua casa"


Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo





Pretos e pardos ganham, em média, 40% menos que brancos, diz IBGE



Os rendimentos dos pretos e pardos brasileiros são, em média, 40% menores que os dos brancos, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2009. (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE.) Em todas as faixas de escolaridade, a renda por hora de pretos e pardos é pelo menos 20% inferior à dos brancos.

Houve melhora, no entanto, na comparação com o levantamento realizado em 1999. Naquele ano, pretos e pardos com até quatro anos de estudo recebiam menos de 50% da renda dos brancos com o mesmo nível de escolaridade. No ano passado, esse percentual alcançou 57%.

Faixas de renda


Pretos e pardos ainda são minoria entre a parcela mais rica da população. Em 2009, essas famílias compunham 16% entre os 1% mais ricos. Em1999, essa fatia era ainda menor, de 9,1%. “Trata-se de uma cifra ainda bastante distante da representatividade na população (...). Pretos e pardos são 6,9% e 44,2% das pessoas em 2009, o que corresponde a uma maioria de 51,1%”, ressalta o IBGE em nota. .

De acordo com o instituto, a desigualdade entre brancos, pretos e pardos se exprime também na observação do “empoderamento” (relacionado ao número de pessoas em posições privilegiadas na ocupação). Entre os brancos, 6,1% eram empregadores em 2009, enquanto apenas 1,7% dos pretos e 2,8% dos pardos estavam na mesma situação.

Ao mesmo tempo, pretos e pardos são, em maior proporção, empregados sem carteira e representam a maioria dos empregados domésticos. Entre os pretos, 12,2% são empregados domésticos. Entre pardos, são 9,1%; e entre brancos, 6% são domésticos.


Fonte: Portal G1




Maioria das famílias tem dificuldade em fazer renda chegar ao fim do mês



Mais de 75% das famílias brasileiras dizem ter pelo menos alguma dificuldade de fazer a renda “‘chegar ao fim do mês”. De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17,9% têm muita dificuldade em chegar ao fim do mês.


Na outra ponta, cerca de 25% das famílias relataram ter algum grau de facilidade para alcançar o mesmo objetivo, segundo informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). O dado é considerado uma medida de bem-estar da população. Do total das famílias, apenas 1% diz ter “muita facilidade” em concluir o mês.

Das famílias que alegaram ter muita dificuldade, 64,2% viviam com até três salários mínimos de renda mensal familiar. Entre as famílias com renda entre 3 e 6 salários, 24,2% apontaram o mesmo. Das famílias com renda acima de 15%, 2,1% relataram ter muita dificuldade em chegar ao fim do mês.


Fonte: Portal G1




“Bruno tentou se matar várias vezes”, diz Macarrão em audiência no Rio



Mesmo tendo se recusado a falar sobre o crime a que responde pelo sequestro de Eliza Samudio em juízo, Macarrão pediu a palavra na audiência desta sexta-feira (17) e disse não estar mais aguentando a situação.

“Estamos presos há 70 dias e Bruno já tentou se matar várias vezes. É só isso o que tenho pra dizer. O que tinha pra falar, eu já disse na delegacia”, resumiu o amigo do goleiro, após a saída do atleta da sala, que também se recusou a falar sobre a acusação em juízo. As informações foram passadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio. A audiência aconteceu no Fórum de Jacarepaguá, na Zona Oeste. Eles voltaram para o presídio de Bangu 2, onde estão presos.

Os dois respondem por sequestro e lesão corporal, que teria acontecido em 2009. Na época, ela estava grávida e registrou queixa na delegacia acusando os dois de a terem levado para um apartamento do jogador e a obrigado a ingerir remédios abortivos.

Bruno e Macarrão estão presos desde julho por outro crime. Eles também são réus no processo que investiga a morte de Eliza Samudio na Justiça de Minas Gerais. Eles vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Eles negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos. A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.

Macarrão impediu goleiro de cometer suicídio, diz advogado


O advogado dos dois, Ércio Quaresma, afirmou que só soube das tentativas de suicídio de Bruno horas antes da audiência, por Macarrão. Segundo o advogado, o goleiro e o amigo estão presos na mesma cela e Macarrão foi quem impediu Bruno de se matar.

"Se ele tinha aparência de tranqüilidade de antes das acusações, essa tranqüilidade não existe mais. Este é o nono desmaio que ele sofre desde que foi preso. Macarrão o pegou fazendo uma teresa (uma espécie de corda com tecidos ou roupas amarrados) para se enforcar", contou Quaresma, que afirmou que vai pedir a assistência de um psiquiatra para o atleta na prisão.

Autógrafo

Antes de Bruno e Macarrão se negarem a falar em juízo nesta sexta, os depoimentos das testemunhas de defesa duraram 1h40. Entre os depoimentos mais curtos está o de Zico, que falou por apenas 10 minutos e contou que teve contato com Bruno por apenas 10 dias e que ele apresentava uma conduta normal. O ex-craque disse ainda que só ficou sabendo do envolvimento do jogador com Eliza e da declarações ofensiva às mulheres pela imprensa.

A audiência contou com um momento tietagem: após receber a palavra do juiz, que havia liberado Zico para perguntas, o promotor Eduardo Paes pediu um autógrafo do ídolo do Flamengo.

Mesmo se absolvido, Bruno não jogará mais pelo Flamengo


Já Patrícia Amorim falou por 17 minutos. Entre outras coisas, ela afirmou que Bruno está com o contrato suspenso aguardando o final dos processos a que ele responde na Justiça, mas que, mesmo se for absolvido, ele não voltará a jogar pelo Flamengo.

“Passei ater contato com o Bruno quando assumi (a presidência do Flamengo), em janeiro. (Ele) Sempre cumpriu as determinações do clube, mas quando fazia alguma coisa errada, eu o advertia pessoalmente, como fiz no caso daquele entrevista (em que fala pergunta quem nunca bateu em mulher). Ele era o capitão do time e, nessa posição, era o porta-voz da diretoria para falar com os outros jogadores. Quando alguém tinha que ser advertido era ele que falava com os jogadores.”

Festas tinham pessoas nuas, diz jogador


O goleiro do Flamengo Paulo Victor também prestou depoimento nesta sexta. Ele afirmou que conheceu Eliza numa festa em que ela estava acompanhada de Bruno e admitiu que, no evento, havia pessoas nuas pela casa. Ele, no entanto, negou que tenha emprestado seu carro para que o amigo a levasse para Belo Horizonte. O atleta confirmou ainda que Bruno e Elisa namoravam, mas que não costumavam sair juntos com muita freqüência.

O lateral Léo Moura falou ao juiz por 12 minutos. Ele afirmou que só podia falar do ex-colega de time sob o aspecto profissional e que sabia apenas que Bruno, Adriano e Wagner Love eram amigos dentro de campo. Segundo o jogador, ele conheceu Macarrão apenas quando ele esteve no clube acompanhando os treinos.

Já o zagueiro e ex-jogador do Flamengo, Alvaro disse que Elisa era conhecida no Brasil e até na Europa por vários jogadores. Que chegou a ouvir que Bruno era mulherengo, mas não sabe dizer se ele saía com mulheres de programa.

Bruno passa mal


O goleiro Bruno passou mal no início da tarde desta sexta-feira (17), no fórum de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Uma ambulância chegou ao local para atendê-lo. Segundo o Tribunal de Justiça, ele sofreu uma queda de pressão e chegou a desmaiar na cela, antes de entrar na sala de audiência.

A mãe de Eliza Samudio não conseguiu assistir à audiência. Sônia Samudio teve uma crise nervosa ao ficar cara a cara com o goleiro na sala de audiência e saiu chorando.

DNA


Mais cedo, ao chegar ao fórum, o advogado do jogador, Ércio Quaresma, disse que seu cliente estava disposto a fazer o exame de DNA para saber se o filho de Eliza Samudio é de Bruno. Ele é acusado de sequestro e de tentar fazer com que ela abortasse, crimes que teriam sido cometidos em 2009, no Rio. Já em Minas Gerais, ele é acusado pelo sequestro e morte de Eliza, desaparecida desde junho deste ano.

“É uma estratégia para diminuir a pena dele, querem passar uma imagem de bom moço do Bruno. Mas, com certeza, ele será condenado”, disse o promotor Eduardo Paes.


Fonte: Portal G1




Americana que recebeu transplante de rosto defende doação de órgãos



Connie Culp, primeira pessoa a receber um transplante de face nos Estados Unidos, declarou nesta semana a intenção de apoiar a doação de órgãos no país. "Uma pessoa pode fazer toda a diferença ao doar um órgão", afirmou Culp, em entrevista à Associated Press na mesma clínica na qual a operação foi realizada em dezembro de 2008.

A norte-americana confessa que a família se aproximou depois da nova face. "Nós estamos mais próximos do que nunca", disse Culp. "É horrível dizer isso sobre minha família, mas é verdade."

Após quase dois anos da cirurgia, a mulher de 47 anos já consegue sorrir, comer alimentos sólidos e conversar. Em setembro de 2010, a norte-americana falou durante um evento da LifeBanc, organização sem fins lucrativos para reconstrução de órgãos e tecidos no estado de Ohio.

Tiro de espingarda


Atingida por um tiro de espingarda disparado pelo marido em 2004, Connie teria de respirar e comer por meio de um tubo caso a operação não fosse realizada. Uma nova cirurgia para corrigir sobras de pele nas bochecas e no queixo permitiu que Connie se livrasse de incômodas dores de cabeça. A mulher também consegue sentir o toque nas bochechas e pode comer um bife, algo que não fazia desde a tentativa de assassinato, há seis anos.

A operação para transplantar a face de uma pessoa falecida para o corpo de Connie Culp durou 22 horas e foi realizada na Cleveland's Clinic pela cirurgiã Maria Siemionow. Foi a primeira operação do tipo nos Estados Unidos, seguida por um transplante em um homem chamado James Maki.

A espera de quatro anos por um doador terminou com um procedimento que reconstruiu 80% da face de Connie, com a transferência de ossos, músculos, nervos, pele e vasos sanguíneos. Caso a equipe médica não encontrasse um doador compatível, outra chance só apareceria, provavelmente, depois de anos.

Fonte: Portal G1

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