25 de outubro de 2010

Presos em operação da PF no Amapá são transferidos para Brasília

Sete presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (25) em Macapá (AP), em um desdobramento da operação Mãos Limpas, foram transferidos para Brasília. Todos os presos são suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. Entre os presos está o ex-secretário de gabinete da prefeitura de Macapá e uma a ex-secretária de Assistência Social. A prisão preventiva vale por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

Cinco empresários da cidade também tiveram a prisão decreta. Segundo a polícia, as prisões são resultado das provas obtidas em depoimentos, análises de documentos e exames periciais dos materiais apreendidos durante os trabalhos da Operação Mãos Limpas.

Além das prisões, a PF cumpriu nesta segunda 18 de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva. Entre os que foram levados para prestar depoimento estavam o prefeito de Macapá, Roberto Goés (PDT). Agentes da PF cercaram a casa de Góes pela manhã e o levaram para depor, segundo a assessoria do prefeito. Segundo a assessoria do prefeito, ele respondeu a cinco perguntas e foi liberado.

A polícia ainda precisa cumprir três mandados de condução coercitiva. Segundo a PF, as pessoas intimadas estão viajando e devem prestar depoimento assim que retornarem a Macapá.

A OPERAÇÃO

A operação Mãos Limpas tem como base um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator é o ministro José Otávio Noronha. No dia 10 de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.

Durante a operação, foram presos o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), e seu antecessor, Waldez Góes (PDT). Ambos já foram soltos. Quando eles foram presos, os advogados do governador e do antecessor dele negaram o envolvimento dos dois com irregularidades. O presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio de Miranda Coelho foi preso na Paraíba. Ele segue detido em Brasília.

Segundo a PF, as investigações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF).

De acordo com a PF, os envolvidos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.

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