27 de março de 2011

Onda de assaltos volta a assustar macapaenses

O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) divulgou um balanço da onda de assaltos ocorridos no período de 18 as 23h da última terça-feira (22), quando nove casos foram registrados na Capital. Antes, o números dos delitos girava em torno de 6 a 8 por dia.

Segundo informações policiais, 90% deles foram praticados por motoqueiros. Postos de combustíveis, mercantis, farmácias, taxistas, kit nets e saídas de bancos são alguns dos meios mais focados pelos criminosos. Nos postos, a prática está se tornando comum. Os assaltantes praticam os assaltos sempre com o apoio de motocicletas e com carona armado. “Já estou pedindo pra sair daqui, não agüento passar por isso, trabalho porque preciso e eles sempre aparecem colocando a arma na nossa cabeça e levam toda a nossa fatura do dia. É algo que enfrentamos quase que diariamente”, disse um frentista.

Um comércio localizado no Centro, o proprietário foi violentamente agredido com uma coronhada na cabeça e teve que ficar internado no Hospital de Emergência. “Eles estão cada vez mais violentos, as testemunhas informaram que tinha um homem com uniforme de mototaxista clandestino esperando por ele”, informou.

Na noite da última quinta-feira (25), três homens armados em um carro, invadiram uma casa localizada ao lado de um motel na Rod. JK. Os criminosos renderam três pessoas, ode subtraíram R$ 200 e um cordão em ouro. Na tentativa desesperada de reagir, o proprietário recebeu uma coronhada na cabeça. Uma guarnição da PM foi acionada, mas os foragidos escaparam.

Na terça-feira (23), três homens entraram na loja de informática Prodam na tentativa de praticarem um assalto. Porém, a tentativa acabou frustrada por conta de uma ação policial. Um dos pontos que mais chamou a atenção foi o fato dos bandidos não quererem negociar com a polícia enquanto o Bope estivesse no local.

Para a população, as rondas do batalhão de forma ostensiva na cidade coibe a onda de assaltos e roubos. “Os bandidos não respeitam mais os policiais militares comuns e nem os policiais civis. É somente o Bope que dá jeito nessa bandidagem”, comentou um comerciante do bairro Brasil Novo.

A forma sempre agressiva do delinqüente revolta a população. “São tão covardes, que alem de levar o que é seu, ainda te furam ou até matam, esse tipo de gente não merece nem ir para a prisão, é muita perversidade”, disse o autônomo Correa Lima.

MENORES

Existem inúmeros registros apontando a participação ativa de menores no crime. Em média, a cada assalto praticado, existe menores envolvidos. No Centro da cidade, é fácil a identificação de crianças de rua. “Eles pedem dinheiro para comprar drogas, e até assaltam pessoas idosas, é bem fácil identificar eles, são as mesmas caras e sempre estão pedindo dinheiro por ai, mas não existe órgão que os retirem das ruas”, destaca Fernando Passos.

Fonte: Jornal do Dia

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