Escrito por Denise Muniz
É certo que em todas as profissões encontramos pelegos dispostos a atos medíocres em prol de um mísero ordenado. Isso não é mérito do jornalismo. Mas, nesse fascinante e tão honrado ofício esses subservientes estão brotando como carrapatos em orelha de cachorro pirento.
Sem qualquer apreço ao profissionalismo e à ética jornalística, eles invocam o espírito de capacho e praticam atos anódinos, sem nenhum pudor ou vergonha na cara.
Esses servis cruzaram o meu caminho, ou eu cruzei o deles - não importa -, o fato é que como nem todo mal é terminal, eles me proporcionaram o retorno ao Brilho de Fogo. Portal do qual fiz parte tão logo foram lançadas suas primeiras investidas no mundo online. Mas, me desliguei para me ater à função de editora-chefe de um jornal diário.
Durante três meses, trabalhei por quase quinze horas diárias neste periódico (que empaca mais do que carroça puxada por cavalo manco) na tentativa de fazer jornalismo com perfeição – é, perfeição mesmo, pois para mim qualidade não é o suficiente.
Porém descobri que estava dando murro em ponta de faca, afinal, lidava com amadores, mas detentores de exímio talento para a bajulação – é claro que destes termos excluo algumas raras exceções.
Contudo, mesmo diante de tamanha incapacidade jornalística e empresarial desse grupo, fui arrolada num processo arbitrário e de características “sumanas”. Cumprindo com a ética e a responsabilidade de informar, publiquei matéria sobre o retorno do casal Capiberibe ao Congresso Nacional. Fui tolhida no dia seguinte, quando o jornal chegou às bancas.
Fui vítima de perseguição política e da mais sórdida traição. Mas, dispensada da função que exercia no jornal, retorno ao Brilho de Fogo. Estou livre das amarras de uma política paroquial e provinciana, como um bumerangue, lançado para o choque contra o ar.
Volto com a certeza de que estou, afinal, nas mãos do lançador. O brilhodefogo.com recebe diariamente a visita de cerca de dois mil leitores internautas – isso em apenas quatro meses de existência. O diário do qual fui desligada circula todos os dias com míseros quatrocentos exemplares. Onde serei mais lida?
Fonte: brilhodefogo.com
27 de março de 2011
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