24 de fevereiro de 2012

Presidente deposto da Associação dos Blocos Carnavalescos do Amapá é denunciado por desvio de recursos

Fonte: Diário do Amapá

O presidente deposto da Associação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Amapá (Abloca), Gleidson Nascimento, está sendo denunciado por uma comissão especial da associação por uma suposta série de irregularidades praticadas por ele durante seu mandato à frente da entidade que este ano recebeu um repasse no valor de R$ 114 mil do Governo do Estado.

Entre as denúncias está o desvio de mais de 30 mil reais em dinheiro que seria para pagamento, em forma de premiação, dos blocos vencedores, além do pagamento de jurados, estrutura de som e bandas. O secretário de Estado da Cultura, Zé Miguel, declarou ontem, 23, durante coletiva no Sambódromo, que oficialmente ainda não recebeu a denúncia e que aguarda o espelho da prestação de contas da Abloca.

"Nós estamos acompanhando esse caso, mas oficialmente ainda não fomos comunicados. Porém, é sabido que uma ocorrência já foi registrada contra o presidente na delegacia. Se comprovada alguma irregularidade nós estaremos tomando as medidas administrativas cabíveis uma vez que na esfera criminal ele já está sendo acionado. Mas qualquer acusação nesse momento seria leviana. É preciso de provas e isso é o que esperamos" argumentou Zé Miguel.

O ex-presidente e fundador da Abloca, advogado Carlos Souza, também afirmou estar concluindo uma peça processual que será entregue ao Ministério Público do Estado. "Já estamos concluindo essa peça que pede o ressarcimento dos va-lores desviados. Em um segundo momento estaremos movendo uma ação por danos morais contra essa pessoa que manchou o nome da instituição que lutamos tanto para erguer ao longo dos anos" desabafou o ex-presidente.

Defesa

No final da tarde de ontem, Gleidson procurou a redação do Diário do Amapá para se defender das acusações. Ele confirmou ter recebido o repasse de R$ 114 mil do governo estadual dos quais, segundo ele, R$ 79.800,00 foram repassados aos 11 blocos cabendo a cada um o valor de R$ 7.254,55.

"Nesse caso a diretoria ficou R$ 34.200,00 (30%) do total. Rapidamente posso afirmar que destes, 10% foram para o projetista do evento; segurança e pessoal de apoio outros R$ 5 mil; 12 mil foram destinados para pagamento de carro som; 1600 reais de combustível; aluguel de carro (1,5 mil) entre outros pagamentos cuja prestação de contas estará na internet até amanhã (hoje)" declarou.

"Então não tem como eu ter desviado o dinheiro se ele foi investido nisso tudo. Mas a prestação de contas vai esclarecer tudo isso. Agora o que eu quero saber é os R$ 2,5 mil que foram passados ao atual presidente para pagamento de jurados, o que não ocorreu. E os alimentos arrecadados? O que foi feito com eles. Acusar é fácil, mas provar é o que vale e eu estou provando ter repassado o valor ao Gean (atual presidente)" concluiu Gleidson afirmando que vai à Justiça pedir reparação de danos.

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