O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), interditou pessoalmente nesta quinta-feira, 19, todas as obras de recuperação da rede de água e esgoto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) realizadas pelo governo do Estado, através da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).
Roberto Góes alegou que as obras não possuem alvará, porém, coincidência ou não, a medida adotada pelo prefeito ocorre um dia após o Batalhão Ambiental ter efetuado a apreensão de máquinas e carros utilizados pelo município em uma obra na rodovia Duca Serra.
De acordo com João Paulo, gerente no Estado da construtora responsável pelas obras de recuperação da rede de água em Macapá, além de gerar atraso na execução dos projetos, as interdições provocam prejuízos às empresas construtoras. "São máquinas e carros alugados, assim como os trabalhadores obrigados a ficarem parados em razão dessa medida", ponderou.
Já o presidente da Caesa, Ruy Smith, disse ter ficado surpreso com a interdição das obras, pois a Prefeitura de Macapá, juntamente com a Caesa, tinham acordado acompanhar juntas a execução do PAC. "Quem perde com a paralisação dessas obras não é a Caesa, nem o governo ou a prefeitura, mas sim a população", argumentou o presidente, lembrando que no último dia 12 houve uma reunião entre a direção da empresa de água, o secretário de Obras do município, Carlos Aragão, e os gerentes das empresas construtoras exatamente para tratar dessa questão.
Desde 2011 o atual governo busca recuperar o tempo perdido na execução das obras durante a gestão anterior. Devido ao atraso, o Estado, por pouco, não perdeu todo o recurso destinado pelo governo federal, através do PAC, que estava à disposição do Amapá desde 2007.
Dessa vez, caso o prefeito Roberto Góes mantenha a interdição, o Estado poderá enfrentar dificuldades no esforço que vem realizando para levar água e esgoto à população da capital.
Por Domiciano Gomes/Caesa
19 de janeiro de 2012
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