O satélite alemão Rosat - fora de serviço desde 1999, mas ainda em órbita -, cairá sobre a Terra neste sábado ou domingo, informou ontem (21) à Agência Efe o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão).
Há uma semana, os especialistas oferecem diariamente novas previsões para definir o momento exato do impacto, cuja precisão aumenta de acordo com a proximidade do satélite.
Assim, na última terça, os cientistas apontavam que o satélite iria cair sobre a Terra entre os dias 21 e 24 de outubro, enquanto que dez dias atrás calculavam que o impacto aconteceria entre os dias 20 e 25.
Para definir o local exato do impacto a situação é ainda mais complicada, principalmente pela elevada velocidade do Rosat (realiza uma volta completa na Terra em apenas 90 minutos) e pela rotação de nosso planeta sobre seu próprio eixo, afirmou Andreas Schütz, porta-voz do DLR, com sede em Colônia.
'Se ainda não sabemos o dia exato da queda, também não teríamos como determinar precisamente o lugar do impacto', declarou Schütz.
Por enquanto, os especialistas adiantam apenas que o Rosat cairá sobre a Terra entre 53 graus de latitude norte e 53 graus de latitude sul. A possibilidade de algum dos destroços atingir uma pessoa é de uma em 2 mil, estimam os cientistas.
Durante sua missão, entre 1990 e 1999, o satélite Rosat, de quase 2,5 toneladas, girou ao redor da Terra em órbita elíptica, com uma distância entre 585 e 565 quilômetros da superfície terrestre.
Ilustração do satélite Rosat, lançado pelo Centro Aeroespacial Alemão em 1990 (Foto: AP Photo/EADS Astrium) |
Desde que foi posto fora de serviço, o satélite alemão perde sua altura continuamente. Em setembro, a distância entre o satélite e a Terra tinha sido reduzida em 290 quilômetros e, atualmente, já é inferior a 240 quilômetros.
Quando ingressar na atmosfera terrestre, com uma velocidade de 28 mil km/h, o satélite irá se romper em milhares de pedaços, sendo que a maior parte deles deverão se desintegrar com o extremo calor.
Porém, as últimas análises apontam que até 30 pedaços com uma massa total de 1,7 toneladas - principalmente restos do espelho do telescópio, muito resistente ao calor - poderiam chegar até a superfície terrestre. O maior fragmento poderia pesar até 1,6 toneladas, informaram os especialistas.
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