O pastor Wladimir Furtado, um dos acusados de desvios em convênios firmados pelo Ministério do Turismo, conseguiu amealhar os R$ 109 mil necessários para cobrir o cheque sem fundos que deu como pagamento da fiança. Dessa forma, ele não corre mais o risco de voltar a ser preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá.
Segundo o advogado de Furtado, Maurício Pereira, parentes do pastor, como a mulher, a irmã, a cunhada e a sogra, recorreram a empréstimos consignados para juntar o dinheiro. Na sexta-feira, ele tinha conseguido apenas um pouco mais de R$ 30 mil . O advogado criticou o valor da fiança - o equivalente a 200 salários mínimos - tachando-o de absurdo.
- A decisão da Justiça Federal é um ataque ao Estado de Direito - protestou Pereira, acrescentando que o valor da fiança coloca o pastor e os parentes em dificuldades financeiras.
Na segunda-feira, o pastor da Assembleia de Deus foi até emissoras de rádio e TV pedir doações de R$ 100, 00 a R$ 1.000. Ele até prometeu devolver o dinheiro, mas nem assim obteve sucesso. Dono da Conectur (Cooperativa de Negócios e Consultoria em Turismo), o pastor recebeu R$ 2,75 milhões do Ministério do Turismo nos últimos três anos. O dinheiro, segundo investigadores da Operação Voucher, foi desviado.
A Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal há duas semanas, prendeu 36 pessoas por suspeita de desvio de recursos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares. Entre os presos, que já foram libertados, estavam o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa, número dois na hierarquia na pasta; o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins; o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) Mário Moysés; e também funcionários da ONG Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), empresários e servidores públicos.
Fonte: O Globo
22 de agosto de 2011
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1 comentários:
Quem deu a grana da fianc'a e/ou como ele arranjou a grana da fian'ca?
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