A Polícia Federal finalizou e entregou ao Ministério Público Federal no Amapá o relatório sobre o resultado das investigações da Operação Voucher. Produzido pelo delegado André Moreira dos Santos, o documento foi encaminhado ao procurador Celso Leal. Agora, compete ao procurador, com base na apuração policial, denunciar à Justiça os suspeitos de participação no esquema de desvio de recursos públicos.
Segundo a assessoria da procuradoria, Leal pretende ler o documento no fim de semana e, depois de tipificar os crimes cometidos por cada um dos investigados, enviar a denúncia à Justiça ao longo da próxima semana. A PF e a procuradoria não adiantaram o teor do relatório policial. O procurador, contudo, já havia antecipado que, com base nas investigações preliminares, pretendia denunciar por peculato e formação de quadrilha as 18 pessoas que foram presas preventivamente.
Entre os detidos estavam o ex-secretário executivo do ministério Frederico Silva da Costa; o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins (afastado do cargo); o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) Mário Moyses; e Luiz Gustavo Machado, um dos dirigentes do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), principal alvo privado da investigação.
As outras 14 pessoas são: José Carlos Silva Júnior, Dalmo Antônio Tavares Queiroz, Francisca Regina Magalhães Cavalcante, Freda Azevedo Dias, Gláucia de Fátima Matos, Hugo Leonardo Silva Gomes, Kátia Terezinha Patrício da Silva, Kérima Silva Carvalho, Luciano Paixão Costa, Jorge Kengo Fukuda, Katiana Necchi Vaz Pupo, Maria Helena Necchi, Sandro Elias Saad e Wladimir Silva Furtado.
Originada a partir de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), que constatou indícios de irregularidades em um convênio de R$ 4,4 milhões que o Ministério do Turismo assinou com o Ibrasi, a operação resultou nas prisões preventivas ou temporárias de 38 pessoas. As duas últimas prisões foram efetuadas na tarde de quinta-feira (18), em Brasília.
A origem do dinheiro destinado ao convênio de R$ 4,4 milhões que deveria beneficiar 1,9 mil profissionais da área de turismo no Amapá é uma emenda parlamentar da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP). A PF e a procuradoria não revelaram se o relatório aponta o envolvimento da deputada no esquema.
20 de agosto de 2011
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