Responsável pela destinação de milhões de reais para a ONG que desviou recursos do Ministério do Turismo, a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) é conhecida no Congresso por sua história parecer enredo de filme.
A mãe engravidou dela quando estava presa por homicídio, em Macapá. Ela matou o marido após descobrir que ele a traía com a vizinha. A futura deputada só saiu do presídio quando tinha cinco anos, graças a um indulto de Natal. Com a ajuda das irmãs mais velhas, formou-se em sociologia.
No quinto mandato como deputada federal, Pelaes foi acusada por presos na Operação Voucher de ficar com parte do dinheiro desviado do Turismo, o que ela nega.
Sua história foi revelada em 2010, durante uma reunião da Câmara que discutia a legalização do aborto. Numa fala emocionado no Congresso, ela contou que sua mãe poderia ter optado pelo aborto, mas não o fez. "Ela já tinha cinco filhos, um estava com ela na penitenciária, e ali ela foi abusada. E esta mulher que está aqui hoje nasceu e não sabe quem é seu pai", relatou.
Dedicada aos assuntos relacionados à infância, Pelaes é autora de duas leis sancionadas no governo Lula. Uma garante licença-maternidade para mães adotivas. A outra dá direito às mães detentas de conviverem com seus filhos.
Desde que se descobriu que foi a deputada quem escolheu o Ibrasi para receber R$ 9 milhões do Orçamento, ela não apareceu mais no Congresso. Sua assessoria de imprensa disse que ela está triste e que pretende processar os que a denunciaram.
Fonte: Folha de S. Paulo
14 de agosto de 2011
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