As autoridades acreanas solicitaram aos peritos do Amapá auxílio na investigação de um caso de violência sexual e homicídio que vitimou uma jovem de 17 anos, em 23 de julho deste ano. O crime teve grande repercussão no Acre, por causa do espaço de tempo entre a ocorrência, 23 de julho, e a localização do corpo, em 11 de agosto, está próximo de ser solucionado.
Foram encaminhas à Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec) pequenas quantidades de DNA extraídas de forma indolor do suspeito e da mãe da vítima, que cedeu material biológico para ser comparado com a arcada dentária da filha, para que sejam confrontados os perfis genéticos da amostragem de sangue, sêmen e unhas.
Esta não é a primeira vez que exames realizados no Amapá são solicitados por outros Estados. "Fica estabelecida a identificação de genes em crimes com essa gravidade, como requereu a polícia do Acre, e a nossa preocupação é justamente ter profissionais com consigam atender a essas solicitações, isso é investimento no profissional e reconhecimento do nosso trabalho", explica o diretor da Politec, Odair Pereira Monteiro.
A identificação genética em casos de crimes praticados com violência contra pessoa ou considerado hediondo foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei do Senado n° 93, de 2011.
DNA
Ácido desoxirribonucleico em português, ou DNA em inglês deoxyribonucleic acid, é um composto orgânico encontrado em todos os fluídos e tecidos biológicos humanos, que determina a identidade genética capaz de ser identificada pela medicina forense, inclusive impressões digitais clássicas. Essa análise permite a construção de perfis genéticos de cada indivíduo.
Entenda o crime
Uma jovem de 17 anos desapareceu após passeio na Expoacre na noite do dia 23 de julho. O suspeito era namorado da moça e informou à mãe dela que havia acontecido algo de ruim após eles terem mantido relações na Estrada do Amapá em Rio Branco, no Acre.
Projeto de Lei
De acordo com justificativa do senador Ciro Nogueira, autor do projeto do qual depende a aprovação de lei, a iniciativa vem reforçar um processo em andamento no Brasil desde o início de 2004. Um banco de perfis de DNA nacional irá auxiliar nas investigações de crimes praticados com violência. O sistema chamado de CODIS, que em inglês significa Combined DNA Index System, o mesmo utilizado pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos e por mais 30 países, possibilitará o cruzamento de informações. Deste modo, se um crime for praticado por um condenado mesmo que em outros estados poderá ser solucionado.
Por Hellen Cortezolli/Secom
28 de agosto de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário