Na manhã de ontem (18), os juízes do Fórum de Macapá realizaram uma paralisação pedindo mais segurança para a classe, que está se sentido vulnerável desde a morte da Juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro.
Para o magistrado Paulo Madeira, a morte da juíza levantou a questão da vulnerabilidade dos magistrados perante a sociedade”. Então após conversas, nós juízes resolvemos fazer essa paralisação nacional, para pedir mais segurança à classe que clama por mais segurança”, explicou o vice-presidente da Associação dos Magistrados.
De acordo com os juízes, o fato do Amapá ter poucos casos de ameaças, não significa que os profissionais da área que atuam no Estado estão mais protegidos, do que em outro lugar do Brasil. “Só o que pedimos é mais segurança, para nós e familiares, que são as pessoas mais expostas nessa situação. Nós estamos tentando prevenir para não ter que remediar mais tarde, queremos só manter a nossa integridade física e dos nossos familiares” explicou Paulo Madeira.
De acordo com relatos de alguns magistrados, desde o início do ano dois juízes já receberam ameaças no Estado, porém nenhum dos dois veio ao público relatar detalhes. Mas ambos deram um depoimento de como receberam as ameaças.
DEPOIMENTO 1. “A Polícia Militar fez uma apreensão de drogas na Capital, e em meio aos pertences recolhidos havia uma lista de nomes, em que um dos nomes era o meu, desde então eu e minha família estamos andando com seguranças. O fato ocorreu em maio desse ano, é por isso que não quero mostrar meio nome na mídia, para evitar que tais ameaças voltem a acontecer”.
DEPOIMENTO 2. “A ameaça aconteceu em fevereiro, quando estava em um caso que envolveu entorpecentes, após o veredicto recebi duas ligações de pessoas que diziam que ‘iria ter volta’, e em meio as ameaças, os bandidos informavam que minha família estava sendo observada, e que eu deveria tomar cuidado”, contou magistrado que quis preservar a imagem.
Em comparação com os outros estados, o Amapá ainda tem poucos casos de ameaças a magistrados, porém esses casos existem, desde o inicio do ano 05 foram registrados, e desde então os juízes estão bastantes receosos, principalmente em relação a segurança de familiares.
Por Anderson Calandrini, do Jornal do Dia
19 de agosto de 2011
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