17 de julho de 2009

Trabalhadores do transporte coletivo prometem paralisar serviço

Mais de duzentos trabalhadores da empresa Viação Cidade de Macapá prometem paralisar as atividades caso não haja um entendimento entre o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setap), Antonio José Mayhe, e o sócio da entidade, Laurindo Júnior. A afirmação foi feita ontem por uma comissão de trabalhadores da empresa nomeada para representar a classe.

Segundo Jorge Ivan, que é representante da classe e motorista da empresa, existe um impasse interno que passou a afetar a categoria de trabalhadores. Ele explicou que o Setap reteu, a pedido da Justiça do Estado, o equivalente a R$ 731 mil que deveriam ser utilizados para pagamento de causas trabalhistas. Ocorre que de acordo com a categoria, além desse valor o Setap ainda reteu outros mais de 500 mil que são provenientes da bilhetagem eletrônica. E é justamente esse valor que não foi repassado a empresa. Francisco Martins, também representante da classe, diz que a bilhetagem eletrônica representa algo em torno de sessenta por cento do faturamento das empresas.

A falta desse repasse à empresa implica no não pagamento dos salários dos trabalhadores que já estão com os vencimentos atrasados há cerca de duas semanas. Jorge Ivan declarou que a empresa Cidade de Macapá já declarou que quer efetuar o pagamento dos salários, mas que a retenção da verba por parte do Setap impossibilita a diretoria de honrar o compromisso.


Uma denuncia grave também foi feita pelos trabalhadores. Segundo eles existe no Setap uma lista onde estariam contidas informações de pagamento de trabalhadores da empresa, mas que ao checarem os endereços e localizarem essas pessoas a comissão disse ter descoberto que elas não foram pagas, apesar de seus nomes constar na lista como quitados. Jorge Ivan concluiu afirmando que caso não haja esse entendimento, até segunda-feira, 20, a categoria vai paralisar as atividades. Ele disse que os trabalhadores das outras empresas também devem aderir a paralisação, que segundo ele, não terá previsão para encerramento.

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