21 de julho de 2009

Badernaço no Maruanum


Um inquérito policial civil e outro militar foram abertos, ontem, para apurar os distúrbios ocorridos em Carmo do Maruanum, no fim de semana, que resultaram na destruição do prédio da Base da Polícia Militar, naquela localidade, e na queima de uma viatura e outra parcialmente avariada por pedras e pedaços de ferro. Além disso, uma pessoa foi ferida e houve a prisão do DJ Dinho Castelo. O badernaço ocorreu na festa de encerramento da santa padroeira do lugar, Nossa Senhora do Carmo.

Em torno de cinco mil pessoas participavam do festejo, na noite de sábado para domingo, ao ritmo da aparelhagem de som do DJ Dinho Castelo, que teria insuflado os brincantes a se rebelar contra a guarnição militar que exigia o fim da brincadeira às 4h da domingueira, conforme estabelecido em lei. Na ocasião, apenas cinco soldados e um oficial da Polícia Militar se encontravam em Carmo do Maruanum para fazer a segurança.

Quando o descumprimento da lei ficou claro entre os circunstantes, os policiais deram voz de prisão ao DJ Dinho Castelo e então o badernaço começou com a participação da turba que passou a incendiar uma viatura da Polícia Militar, a depredar outra e a se dirigir para a Base da PM na localidade, que logo foi destruída por um incêndio. Em meio ao fogo, policiais ainda conseguiram retirar o único preso que se encontrava na Base Policial. Os PMs, em perigo de morte, fizeram uso do armamento que carregavam, dando tiros para o alto, e chegaram até a usar gás de pimenta e balas de borracha, mas nada disso conteve a multidão.

Com a conflagração, a diminuta guarnição policial pediu reforço à capital. O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Santos Costa, determinou o deslocamento, a Carmo do Maruanum, de oito viaturas, uma ambulância e um carro de combate a fogo do Corpo de Bombeiros, totalizando, ao todo, em torno de 40 homens.

Mas o reforço pouco ou nada pode fazer em meio à multidão enfurecida que ainda chegou a destruir coletes a prova de bala dos policiais militares, rádio transmissores, algemas e até munição. O tenente coronel Santos Costa, ontem, em entrevista, ainda demonstrava nervosismo e indignação com o que ocorrera no Maruanum, na madrugada de domingo.

O oficial informou que hoje se desloca com uma equipe de outros oficiais à localidade para coletar novas informações sobre o badernaço e assim abrir o inquérito policial que na verdade está alinhavado desde domingo pela manhã. No âmbito policial civil, uma ocorrência do caso já foi feita no Ciosp do Congós, para onde Dinho Castelo foi levado preso e depois liberado sob pagamento de fiança. Até ontem à noite ainda não se sabia do delgado que comandará o Inquérito Policial Civil.

Fonte: Diário do Amapá

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