O Portal iG conversou com o ex-senador Papaléo Paes (PSDB-AP) sobre a sua nomeação como membro titular do Conselho de Administração da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), estatal vinculada à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ele disse desconhecer quem o indicou e negou interferência do senador Aécio Neves, ex-governador de Minas, a seu favor. Questionado sobre suas atividades profissionais atualmente, ele contou ser diretor da Escola do Legislativo do Amapá, cargo de confiança pelo qual recebe R$ 13 mil.
Papaléo explicou que é servidor público federal de carreira pelo Amapá, e completou, foi indicado pelo presidente da assembléia, deputado Moisés Souza (PSC), para assumir a diretoria da Escola do Legislativo, em fase de implementação. “Não quero de forma nenhuma que a presença de um simples cidadão do Amapá venha a conturbar a política de um companheiro de Minas Gerais. Não entrei nessa por troca a troca”, afirma ele.
Questionado se tem preferência de nomes para a corrida presidencial de 2014, Papaléo disse ver como bons nomes tanto Aécio quanto o ex-governador de São Paulo, José Serra. “O Aécio é um bom nome e o Serra tem experiência. Não tenho preferência pessoal. É melhor esperar.”
O ex-senador também afirmou ao iG que o convite para ser conselheiro partiu do presidente da Cemig, Djalma Moraes. “O Djalma Moraes me telefonou e me convidou. Foi uma grande honraria, portanto aceitei o desafio. Ele disse que eu, como grande conhecedor do Norte do país, ajudaria. Até então, nem sabia que seria para a Gasmig. Questionam o fato de eu morar longe e ser médico, mas eu pretendo ir a Minas para as reuniões. Como prefeito de Macapá e ex-senador, tenho experiência suficiente para assumir a função”, defende o tucano, ainda não convocado para nenhuma reunião, mas que já começou a receber vencimentos do governo mineiro.
A nomeação de Papaléo, aprovada em reunião no dia 9 de abril, não contou com a presença dele próprio. “Pedi que me comuniquem das reuniões com antecedência para eu me programar”, conta ele.
Por meio de nota, a Cemig informou que a indicação do ex-senador se deu por “inquestionável liderança exercida no Norte do país”. Destacou, ainda, que “o Grupo Cemig é formado por 58 empresas e está presente em 19 Estados, inclusive nas regiões Norte e Nordeste do Brasil” e que “por estar presente em quase todo o território nacional, tem buscado incluir em seus conselhos representantes de outros Estados da Federação”, “uma medida de praxe”, conclui.
9 de junho de 2011
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