O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), admitiu ter conhecimento das denúncias que pesam sobre o secretário de Meio Ambiente Paulo Figueira, mas atribuiu o fato à disputa política. O governador não entrou em detalhes sobre se o governo está ou não investigando as denúncias e não foi claro se Figueira está ou não prestigiado no cargo. Camilo disse apenas que não vai deixar que eventuais disputas políticas venham atrapalhar seu governo.
Camilo admitiu que o Partido Verde, hoje comandado pelo deputado estadual Zezé Nunes, é quem dá as cartas na Sema. No entanto, a distribuição de cargos e possivelmente de licitações viciadas, não vem agradando a todos os membros da legenda. O secretário Paulo Figueira, indicação de Zezé Nunes, foi denunciado em maio passado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) por suposto envolvimento em pelo menos 17 processos licitatórios com aspectos de superfaturamento e vícios. E, neste ano, a prática parece perpetrar novamente dentro do órgão ambiental. Pelo menos foi o que denunciou no mês passado o pregoeiro Augusto Ricardo Barreto de Araújo.
Em resposta às atitudes de Paulo Figueira, o PV, no último dia 25 de maio, enviou solicitação ao governador Camilo Capiberibe pedindo a exoneração do secretário. O partido considera as denúncias de irregularidades administrativas e indícios de improbidade administrativa supostamente praticadas pelo gestor, argumentos suficientes para que ele deixe o cargo.
O governador confirmou o recebimento do pedido, mas não adiantou que medida irá tomar. "Tive conhecimento através de um documento entregue pelo deputado Zezé Nunes. Estou levantando as informações, mas há uma disputa política dentro daquele órgão. É preciso separar o que existe de política e o que pode haver de corrupção", disse.
Fonte: A Gazeta
8 de junho de 2011
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