Extorsão, vídeos, denúncias...
“Estou consciente de q embora incompreendida por uns,a coragem q demonstrei hj serve p/reafirmar q nem tudo esta perdido.” A frase é da secretária de Estado da Educação (Seed) Miriam Corrêa, no Twitter, no começo da madrugada deste sábado (4), cinco horas após o Governo do Amapá, através da Procuradoria Geral, ter protocolado uma notícia crime na Polícia Federal acusando a empresa LMS – que desde o governo passado tem um contrato de vigilância com a Seed – de tentativa de extorsão.
A LMS teria filmado o marido da secretária recebendo propina para facilitar a renovação do contrato da empresa com a Seed que vence em setembro. A LMS também teria filmado uma conversa entre um dos sócios da empresa e o chefe do Núcleo de Administração da Seed, na casa do primeiro.
De acordo com o governo, na quinta-feira (2) o advogado e um dos diretores da empresa estiveram na Seed tratando sobre um pedido de prorrogação do contrato. Na ocasião disseram ao chefe do Núcleo de Administração que o contrato teria que ser mantido a qualquer custo e exibiram para o servidor público os dois vídeos dizendo que se o contrato não fosse mantido os vídeos seriam divulgados na imprensa.
No mesmo dia Miriam Corrêa recebeu no seu celular a mensagem: “Tenho um vídeo que compromete seu marido com propina da vigilância, gostaria de ouvi-la antes de colocar no ar”. Segundo o governo a origem da mensagem é o celular 9119-3565. A secretária sentiu cheiro de jabá nessa mensagem. Pode ser que o “jornalista” quisesse realmente gravar uma entrevista com ela, mas pode ser também que ele quisesse extorqui-la para não divulgar o vídeo. O comportamento do jornalista em questão deixa dúvidas, uma vez que o normal, corriqueiro e mais correto é que, em vez de enviar mensagens por celular, o jornalista interessado na entrevista vá direto ao gabinete ou faça contato com a assessoria de comunicação para marcar entrevista.
Miriam Corrêa comunicou o fato à Procuradoria Geral do Estado e pediu providências. Nesta sexta-feita (3), por volta das 19h, a Procuradoria protocolou na Polícia Federal a notícia crime pugnando pela abertura de inquérito policial e solicitando a oitiva da secretária Miriam Corrêa, do chefe do Núcleo de Admnistração da Seed e do diretor e do advogado da LMS que estiveram na Seed.
Outro lado
O blog tentou ouvir o dono da LMS, empresário Luciano Marba, mas não conseguiu contatactá-lo. Informações que chegaram ao blog dão conta de que Marba semana passada teria demonstrado a intenção de entregar os vídeos ao governador Camilo Capiberibe. Não se sabe se entregou ou não. Há também informações de que Marba estaria disposto a entregar os vídeos originais para a Polícia Federal.
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