Sem uma fiscalização efetiva da Secretaria de Estado dos Transportes (Setrap), a linha intermunicipal Macapá/Santana foi invadida por carros piratas. Estima-se que existam pelo menos 30 veículos explorando a linha.
Há dois anos, uma acadêmica de Administração tomou um veículo pirata e foi violentada. Há ainda relatos de assaltos e tentativas de estupros.
Os problemas não se resumem a Macapá e Santana. Tráfico de armas e drogas, transporte irregular de crianças e até mesmo pedofilia, contrabando de mercadorias e entrada ilegal de estrangeiros e alguns deles foragidos da justiça em outros países do Platô das Guianas. Esse é o retrato encontrado pela Polícia Militar em operações realizadas para coibir o transporte clandestino de passageiros nas BRs 210 e 156.
As operações foram feitas em parceria entre a PM e a Secretaria de Estado dos Transportes (Setrap), responsável por coibir o transporte clandestino. A denúncia inicial era que esses veículos “piratas” estavam transportando irregularmente passageiros. Nas operações, ficou provado que os crimes iam além.
Atualmente os “piratas” estão agindo dentro da área do Terminal Rodoviário de Macapá. A audácia dos clandestinos é tamanha, que alguns chegaram a ponto de confeccionar “cartões de visita” com foto do veículo e telefone. Outros circulam livremente pela cidade com um adesivo afixado na lateral do carro com o dizer: “transporte alternativo”.
No ano passado, uma pessoa que utilizava veículo clandestino morreu em acidente na BR-156. Os “piratas” são muito organizados, o que dificulta a ação da polícia. Eles sabem exatamente quando e onde ocorrerão as operações. Alguns dos veículos são de pessoas ligadas a policiais e parlamentares, o que gera um ar de impunidade.
Fonte: Ascom/Setap
22 de junho de 2011
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