Na terça-feira (26/04), a Polícia Civil do Amapá recebeu a denúncia de uma conselheira tutelar de Macapá de que a adolescente A. J. O, de 14 anos, era mantida em condições degradantes, em cárcere privado, em um terreiro localizado na Rodovia JK. A mãe e o padrasto alegam ter promovido a situação por crença religiosa. A família já havia sido denunciada ao Conselho Tutelar por maus tratos.
Quando a equipe da Delegacia de Atos Infracionais do Amapá (DEIAI) encontrou a jovem, ela estava presa há 4 dias em um ritual que duraria 7. “Ela estava trancada em um quarto que tinha velas, sem janelas, rodeada de alimentos putrefados e sangue de animal. A alimentação era restrita e tinha dias em que ela não comia mesmo”, diz o delegado Leandro Leite, que afirma que A.J.O. também era obrigada a se banhar com sangue e a beber dele.
Segundo o namorado da vítima, dias antes, a menor já havia fugido de casa e pedido abrigo a ele, alegando ser forçada a participar dos rituais.
O padrasto da jovem, que é pai de santo, e a mãe dela, que é mãe de santo, dizem que faziam oferendas aos orixás e que a adolescente estava “recolhida fazendo o santo”, e que por isso não poderia sair do local, nem mesmo para ir à escola. Chamou atenção dos policiais o fato de que tanto A.J.O quanto sua irmã quanto sua irmã, A.C.O, foram reprovadas na escola por faltas no passado.
O caso corre em segredo de justiça, por isso, nenhum dos envolvidos teve a identidade revelada. O flagrante foi lavrado pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (DECCM).
OUTRO CRIME
De acordo com os depoimentos, a irmã mais nova de A.J.O., que tem 11 anos, já teria passado pelo mesmo ritual, ocasião em que teria sido abusada sexualmente por seu padrasto. A denúncia é apurada pela Delegacia de Crimes Contra a Criança (DERCCA).
Fonte: Ascom/Polícia Civil do Amapá
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