A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), feita pelo IBGE, confirmou mais uma vez que o comércio varejista está em crise no Amapá. Os dados são referentes ao mês março deste ano. Os números apontaram que o volume de vendas foi 4,2% inferior ao mesmo período de 2010. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o segmento varejista.
O supervisor da disseminação de informações do IBGE no Amapá, Joel Lima da Silva, frisou que quando se analisa o Comércio Varejista Ampliado, que inclui automóvel e materiais de construção, a redução no volume de vendas em março de 2011 agrava para 8,8% menor do que o mesmo período de 2010.
Joel lembrou que março do ano passado foi o último mês em que vigorou a Política de Renúncia Fiscal do Governo Federal em relação a impostos sobre veículos. “Portanto, naquele mês houve antecipação de compras no setor automotivo, gerando disparidade no volume de vendas. Comparando março e fevereiro deste ano, as vendas no comércio varejista caíram 7,6%. Foi o maior percentual entre as unidades da federação”, comentou.
O IBGE explicou ainda os percentuais negativos no comércio varejista, são resultados da crise econômica pela qual passa o Estado. Joel Lima disse que o país cresceu 1,2% em março deste ano comparado com fevereiro de 2011, ou seja, o Amapá teve crescimento menor ainda. “Desde dezembro de 2010, as pesquisas indicavam essa redução no volume de vendas, mas agora chegou a ser negativo, caracterizando de fato uma crise”, afirmou.
O presidente do Sindicato do Comércio Lojista, Marcos Antônio Cardoso, confirmou os dados do IBGE. “Isso aconteceu por conta da grande massa de contratados dispensados no setor público. Como a economia do Amapá é de contracheque, isso refletiu no comércio”, concluiu.
Fonte: A Gazeta
14 de maio de 2011
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