Escrito por Ruy Guarany Neves
Até o final da década de 1950, Macapá possuía uma pista de pouso, onde hoje está situada a Av. Procópio Rola, que atendia os aviões comerciais da Cruzeiro do Sul, Loyde Aéreo, Real, Correio Aéreo Nacional (CAN), que operavam com aeronaves do tipo Douglas C-47 e C-46, além de servir ao Aero Clube de Macapá. A construção de novo aeroporto, ocorreu no ano de 1960, por iniciativa do governador Pauxy Gentil Nunes. Homologado pelo Ministério da Aeronáutica, somente em 1970, a pista recebeu a pavimentação, a cargo da COMARA. Durante a inauguração do aeroporto, o Engenheiro Joaquim de Vilhena Neto, então diretor de obras do governo do Território, prevendo a expansão da cidade, sugeriu a mudança futura do aeroporto, para outro local mais afastado. O a idéia do engenheiro, foi acatada pelo Brigadeiro Otomar Pinto, comandante da COMARA.
As previsões do Dr. Joaquim Vilhena Neto, chegaram ao conhecimento do governador Aníbal Barcelos, que, ao examinar o problema relacionado a expansão da cidade, determinou que fosse escolhido uma área mais afastada, que seria utilizada para a construção de novo e definitivo aeroporto. A área escolhida está localizada no Km 21 da BR 156.
Decorridos mais de 40 anos, verifica-se, que, os entornos do aeroporto, estão ocupados por habitações diversas, cujas áreas, estão sendo questionadas pela INFRAERO, que insiste ser a legítima proprietária. Ao defender a posse, a empresa argumenta sobre a necessidade de construir mais uma pista de pouso e a possível instalação de uma base militar da Aeronáutica, em Macapá.
Para a ampliação e modernização do nosso aeroporto, foram disponibilizados mais de cem milhões de reais. Vencedora da concorrência, a empreiteira Guatama foi alvo de uma operação da Policia Federal, sob a suspeita de super faturamento, envolvendo obras do governo, inclusive, o aeroporto de Macapá, que teve as obras paralisadas, em 2006 e até hoje, não foram reiniciadas.
Entre as inconveniências da permanência do aeroporto, praticamente, em área urbana da cidade, não fica afastada a possibilidade, de que possa acontecer, o que já acontece com o aeroporto de Congonhas, São Paulo, onde os pousos e decolagens de aeronaves ficam suspensos, às 23,00 horas, só voltando a operar, a partir das 06,00 horas da manhã do dia seguinte. Com o aumento do fluxo de aeronaves, isso se fez necessário, em respeito ao sossego das famílias que moram às proximidades do aeroporto.
26 de maio de 2011
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