O gerente do Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá, Adervan Dias Lacerda, chegou nesta terça-feira, 17, em Belém (PA), onde ficará até a quinta-feira, 19, para se reunir com diretores do Museu Emílio Goeldi e com a Superintendência do Iphan, sobre a devolução ao Amapá de aproximadamente 150 peças da região do Maracá (Mazagão), que desde 1997 estão sob a tutela do Museu paraense.
A determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em encaminhar os achados arqueológicos amapaenses para o Pará se deu em razão de o Estado, àquela época, não possuir espaço para alojar as peças e nem tratamento adequado para sua preservação.
Agora, a partir da criação do Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá, em 2007, “é necessário resgatarmos o que é nosso de direito, para que o Museu funcione de fato e não mais só de direito”, diz Adervan Lacerda, referindo-se ao estado de funcionamento do Museu amapaense de arqueologia, que desde sua criação funciona em uma sala no Museu Histórico Amapaense Joaquim Caetano da Silva, mas não foi aberto ao público.
Segundo Adervan, está tudo acertado para se efetivar a volta das peças para o Museu de Arqueologia, ele tratará apenas das questões burocráticas. Para acolher esses e todos os demais artefatos provenientes de escavações em solo amapaense, o governo do Estado, através da Secretária de Estado da Cultura (Secult), garantiu um prédio adequado à exposição e tratamento do acervo.
Em breve, o Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá funcionará, de fato, no local onde antes funcionava o Mercado da Floresta, na Rua São José, com a avenida FAB, em Macapá. O prédio será todo reformado e adaptado, com salas para exposições, laboratório de análise, laboratório de restauro, reserva técnica, climatização, iluminação projetada, tudo o que é necessário para abrigar a riqueza arqueológica do Amapá, e pronta para receber exposições de fora.
Como trabalhar com arqueologia requer uma técnica apurada e específica e o número de profissionais especializados na área no Amapá ainda é pequeno, o Museu de Arqueologia e Etnologia do Amapá está buscando parcerias dentro e fora do Estado no sentido de preservar, manter, divulgar e qualificar profissionais.
Nesse intento, a Universidade Federal do Pará será outro ponto de visita do gerente. Adervan antecipa que já está tudo certo para a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre as instituições, nas áreas de estudo, pesquisa e extensão. No Amapá, o Museu de Arqueologia conta com a parceria da Universidade Federal do Amapá, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e da unidade do Iphan.
Fonte: Ascom/Secult
17 de maio de 2011
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1 comentários:
legal, o gerente , Adervan Dias tenta resgatar nosso material arqueologico de outro Estado.É costume de pequisadores usarem nossa História para enriquecerem seus curriculos.Foi o que aconteceu, com alguns pequisadores de uma Universidade do Rio de Janeiro em 2000, levaram algumas urnas peças arqueologica do sitio que existe em Santa Luzia do Pacuí.Venha conhecer essas maravilhas.Professora de Historia Zonita Bastos.
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