Um estrangeiro refugiado no Amapá, que estava prestes a conseguir legalmente sua permanência, poderá ser expulso do país por ter se envolvido em confusão pela terceira vez em Macapá (AP). O nigeriano Jarule Tik foi preso na última quinta-feira (3), amanhecido, embriagado e em má companhia - seu parceiro de bebedeira era Erivan Souza dos Santos, de 34 anos, o "Bichada", que há duas semanas começou a cumprir em regime aberto uma condenação por homicídio. Segundo a polícia, altamente alcoolizados eles perturbavam o sossego de pessoas que faziam atividades físicas na orla do bairro Santa Inês.
Militares do 6º Batalhão aconselharam os beberrões a deixar o local, mas eles se recusaram. Durante a abordagem, a dupla resistiu à revista pessoal. O cabo De Oliveira então lhes deu voz de prisão, mas houve nova resistência. Além de desacatar e ameaçar de morte os policiais, o nigeriano ainda lesionou dois deles com socos no rosto.
Depois de serem contidos e algemados, Tike e "Bichada" foram conduzidos para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Cisop) do bairro Pacoval. O detento acabou sendo liberado, mas poderá perder o benefício da sua progressão de regime. O estrangeiro foi encaminhado pelo coordenador do Ciosp, delegado Ronaldo Coelho, para a Superintendência da Polícia Federal (PF).
Jarule Tik está no Amapá desde o mês de dezembro do ano de 2008, quando ele e outros quatro nigerianos - Ade George, Jonh-Slim Abiodun, Rufus Daaddy, e Jonh Cris Austine, entraram clandestinamente no Estado, após serem jogados do navio MV Pamakaristos, da empresa grega Ambroose Shipping Company S/A. Desde então eles tem se envolvido em pequenos delitos como perturbação do sossego, via de fato, ameaças, agressão física e desacato. Os estrangeiros fugiram de seu país por causa de uma guerra civil. Na Nigéria, eles são considerados desertores - crime pelo qual podem ser condenados a pena de morte.
De acordo com assessoria de comunicação da PF, Tik havia recebido a carta de refugiado no último dia 31, mas agora poderá ficar preso na sede da superintendência até ser expulso do país.
Fonte: A Gazeta
5 de fevereiro de 2011
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