A eleição para presidente da Assembleia Legislativa do Amapá deve ser decidida na Justiça. Nesta quinta-feira (3), um grupo de 15 deputados entrou com recurso no Tribunal de Justiça pedindo revisão da eleição que ocorreu ontem e deu a vitória a Moisés Souza (PSC).
A votação foi marcada por tumulto e discussões. Dos 24 deputados, apenas 9 votaram - número inferior ao quórum. Os outros 15 se retiraram da sessão alegando irregularidades na votação. Eles apoiavam a chapa de Jaci Amanajás (PPS), impugnada pela presidente da Mesa, Maria Góes (PDT).
Maria justificou a iniciativa dizendo que quatro dos deputados da chapa de Amanajás - entre eles o próprio candidato - haviam registrado, antes de serem empossados, apoio ao grupo de Souza. O regimento interno impediria o apoio simultâneo a duas chapas.
Os deputados rebatem as críticas e dizem que a retirada do apoio a Souza foi registrada em cartório 15 dias antes da votação. "Estava como primeiro-vice na outra chapa, mas foi há duas semanas, antes de entrarmos em um consenso. Não deixaram a gente se defender, então saímos do plenário", diz Amanajás.
Um dos que abandonaram a sessão, Dalto Martins (PMDB) diz que o pleito foi marcado por erros. Segundo ele, o grupo de Souza fez a inscrição da chapa quando ainda não estava aberto o período de registro. "Se for ver por esse lado, a outra chapa também deveria ser desqualificada", afirma.
Maria Góes, que integra a chapa de Souza, nega que a inscrição tenha sido feita antes do período estabelecido. Ela também defende que não houve problemas em seguir com a votação. "Eles não deveriam ter se retirado. Era só terem votado contra", diz.
Fonte: Folha de São Paulo
3 de fevereiro de 2011
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