O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), nomeou sua mãe, Janete (PSB), para representar o Estado em Brasília. De acordo com o governo, Janete, ex-deputada federal, deve assumir na segunda-feira o cargo em comissão na Secretaria Extraordinária da Representação do governo do Amapá.
Reeleita em 2010, Janete, 61, foi impedida de tomar posse na Câmara nesta semana devido à Lei da Ficha Limpa. Ela e o marido João Capiberibe (PSB) foram cassados em 2004 por compra de votos. Eles negam as acusações. João foi enquadrado na mesma legislação e também não pôde assumir uma cadeira do Senado nesta legislatura.
"ARMAÇÃO DO PMDB"
Em artigo publicado em janeiro na Folha, João Capiberibe nega a acusação de que o casal comprou dois votos por R$ 26, em duas prestações, no pleito de 2002. Na pior das hipóteses, afirma, ele e Janete já teriam pago por um crime que não cometeram.
"Mesmo que fôssemos culpados (e não o somos), a decisão do TSE nos deixa na insólita situação de pagar duas vezes pelo mesmo crime --o que representa subversão completa dos preceitos do Estado democrático de Direito", disse.
No mesmo artigo, Capiberibe afirma que ele e sua mulher foram vítimas de "armação perpetrada pelo PMDB dos senadores Gilvam Borges e José Sarney". Em dois depoimentos dados em julho de 2010, Roberval Coimbra Araújo, ex-funcionário de uma TV da família de Gilvam Borges, disse que o político comprou três testemunhas no processo de cassação do casal Capiberibe. Ele foi esfaqueado após a acusação. Capiberibe aponta o crime como prova da "armação pelo PMDB". Borges nega.
Fonte: Folha de São Paulo
5 de fevereiro de 2011
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