7 de dezembro de 2009

Justiça Cega



A justiça brasileira é cega mesmo, ou melhor, a justiça amapaense que está com os olhos vendados, porque em um ano o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT) e vice-prefeita, Helena Guerra (DEM) foram cassados cinco vezes mais continuam no cargo. A última cassação aconteceu no início do mês. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE\AP), uma funcionaria da secretária estadual da educação teria usado poder da máquina administrativa no período eleitoral de 2008, para contratar professores temporários no período em que tais contratações são vedadas por lei para beneficiar Roberto e Helena.

A primeira cassação do prefeito e a vice-prefeita ocorreu em 3 de dezembro de 2008, antes mesmo de serem empossados. Eles foram acusados de abuso do poder político e econômico e compra de votos.

A segunda cassação dos dois políticos aconteceu em 12 de dezembro de 2008, quando o juiz da 10a Zona Eleitoral, Marconi Pimenta, cassou o registro de candidatura deles por três anos e aplicou uma multa de R$ 33 mil por acusação de abuso do poder político e econômico e de captação ilícita de sufrágio.

Já na terceira vez, em 3 de março de 2009, o Ministério Público Eleitoral acusou Roberto e Helena de distribuir cestas para eleitores durante a campanha eleitoral de 2008. Eles foram novamente cassados.

E a quarta vez que aconteceu em 5 de agosto de 2009, a juíza Sueli Pini, da 10a Zona eleitoral condenou o prefeito de Macapá, Roberto Góes e vice-prefeita Helena Guerra a perda do registro de candidatura e a pagamento de multa de R$ 40 mil, por comprar votos de eleitores em troca de tickets combustível.

Conclusão

Se depois de cinco cassações o prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT) e a vice-prefeita, Helena Guerra (DEM) não perderam o cargo, então, quantas mais cassações será preciso para eles deixar a prefeitura?

Por Emanuel Costa

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