O Amapá é o último colocado no ranking de controle de armas no país. O Estado não apresenta capacidade de gerenciar informações sobre a situação das armas no estado, de acordo com estudo apresentado nesta segunda-feira (20) no Ministério da Justiça. Rondônia e Amazonas também aparecem em situação pouco confortável, de acordo com o estudo, sendo o terceiro e o quarto pior estado, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, existem cerca de 16 milhões de armas de fogo em circulação no país e 87% dessas armas estão em poder dos cidadãos comuns, e apenas 13% nas mãos do Estado, o que não é recomendável, de acordo com o ministro da Justilça. “O porte de armas não vem em socorro do cidadão.
O cidadão de bem também mata com uma arma de fogo porque não tem controle emocional para utilizá-la”, afirma Ao contrário do que se imagina, a maioria das armas utilizadas em crimes no Brasil são de produção nacional, e não provenientes de tráfico internacional.
Esta novidade foi apresentada por Antônio Rangel Bandeira, coordenador do estudo feito pela ONG Viva Rio. No Amapá, armas provenientes de marcados internacionais são apenas 3,6% do total de armas apreendidas no estado, em Roraima este índice sobe para 12,5%.
No Acre as armas estrangeiras são 9,1%, no Amazonas, 7,1%, no Tocantins, 6,9%, em Rondônia, 6,3%, e no Pará, 3,2%. Isso demonstra que as armas fabricadas dentro do Brasil são maior ameaça à segurança da população do que as armas estrangeiras É meritoso o esforço de proteger as fronteiras, mas é muito mais fácil fiscalizar as rodovias e as fábricas de armas dentro do próprio país”, afirma Rangel.
O estudo mostrou também que foram apreendidas 1.340 armas de fogo em Rondônia, uma apreensão média de 11 armas a cada mil em circulação no estado, a maior média da região Outro dado impressionante apontado na pesquisa mostra que 30% das armas que hoje estão ilegais no Brasil, foram compradas de maneira lícita. “Nós compramos as armas para nos defender e acabamos armando o crime organizado”, afirmou Rangel.
Segundo ele, estas armas compradas legalmente chegam à ilegalidade por assaltos a residências, esquecimento dos próprios dos cidadãos em registrar suas armas a cada três anos e algo mais preocupante: a venda de armas por meio de policiais, bombeiros e membros das forças armadas “Um policial pode comprar até três armas direto da fábrica a cada dois anos. Por isso, muitas vezes eles acabam vendendo e alimentando a ilegalidade”, explica Rangel.
O cidadão que desejar entregar voluntariamente a sua arma de fogo, pode fazer isso em sedes da polícia federal e receberá uma gratificação de R$ 100 a R$ 300 a depender do calibre da arma.
Fonte: Portal Amazonia
21 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário