Fonte: Jornal do Dia
As eleições de 2010 que levaram ao governo a família Capiberibe, foram completamente atípicas não somente dentro da história local, mas também do resto do país. Influenciada diretamente e indiretamente pela Operação Mãos Limpas, o pleito que elegeu Camilo Capiberibe para o governo do Estado repercute hoje negativamente entre os eleitores amapaenses.
O conturbado início de governo marcado por escândalos, greves dos servidores, dívidas milionárias e uma crise econômica generalizada tem decepcionado muitos simpatizantes da gestão peesebista. Os que mais reclamam são os servidores da Educação que por pouco não tiveram seus direitos cortados pela Lei 1540, os servidores da Saúde que tiveram o direito à greve tolido por uma ação judicial iniciada pelo governo do Estado, os agentes e educadores do sistema penitenciário que reivindicam melhores condições de trabalho mas que, até agora, não foram atendidos; sem contar com os serventuários da Justiça que há 15 dias iniciaram uma greve também cobrando do governador Camilo Capiberibe (PSB) o cumprimento da data base.
Camilo foi pego meio que de surpresa para assumir o governo estadual. A menos de um mês para o pleito que lhe elegeu, a Operação Mãos Limpas tirou de cena seus principais rivais políticos. De quarto lugar nas pesquisas, o pupilo de João Capiberibe ficou entre os primeiros colocados. Era a hora de mostrar seu plano de governo, que por sinal até hoje não está pronto. Porém, baseado em promessas de mudanças, o peesebista convenceu a maioria do eleitorado.Inesperadamente, Camilo disputou o segundo turno com Lucas Barreto (PTB), candidato que trazia na bagagem tarimba política e articulação com um maior grupo político. Apesar de Lucas ter ganho na maioria dos municípios do Estado (9 municípios), perdeu no que possui maior colégio eleitoral: Macapá onde obteve 85.072 votos, abaixo dos 105.509 votos de Camilo. O então candidato peesebista foi eleito pelos votos dos seguintes municípios: Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Laranjal do Jari, Oiapoque, Vitória do Jari, além da capital.
Enquanto as decepções políticas vão acontecendo, os financeiros dos cofres públicos vão muito bem, obrigado. Até maio, o governo havia recebido de transferências federais R$ 891 milhões. Quanto a arrecadação própria, o governo contabiliza R$ 297 milhões.
1 de julho de 2011
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