Fonte: A Gazeta
Foi comemorado nacionalmente ontem (25) o Dia do Escritor, data definida governamentalmente no ano de 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.
De lá para cá, em todo o Brasil a data é celebrada, em todo o país, com homenagens feitas para os diversos produtores de literatura. Entretanto, em muitos lugares, especialmente o Amapá, a data é considerada uma contradição, pois o país registra baixos índices de leitura.
Além disso, no estado há pouco investimento para a literatura local. Durante a celebração do Dia do Escritor, diversos produtores de literatura expressaram a opinião em relação ao mercado literário amapaense e desabafaram que muito pouco é investido para a formação de novos leitores.
A jornalista e escritora Alcinea Cavalcante utilizou a rede social Twitter para compartilhar seu pensamento. “Quanto o Estado investe em formação de leitores, escritores e espaços de vivência literária? Nenhuma moedinha. Podem apostar”, divulgou no microblog. Assim como Alcinea, diversos escritores e leitores utilizaram a internet para questionar sobre a questão.
Em entrevista à Gazeta, o escritor Ivan Carlo, que há mais de dez anos publica livros da chamada literatura de gênero (que envolve romance, comédia, terror, ficção científica, etc. em publicações próprias e coletâneas nacionais), relatou que existem dois problemas primordiais para que a literatura avance no Amapá.
“O primeiro é que não temos editais de incentivo a literatura e isso seria fundamental para que ela alavancasse no Estado. Em contrapartida, as pessoas ainda esperam muito do Governo e é preciso que elas tentem também, apresentando para as editoras. Se isso for revertido, e resultado será imediato”, disse.
Ele acrescenta que diversas problemáticas, como falta de incentivo à literatura e até a paralisação da Biblioteca Pública Eucy Lacerda e em algumas escolas públicas são pendentes de muitos anos.
“Necessariamente creio que os governos de forma em geral dão pouca importância para a cultura e menos ainda para a literatura. Quando se gasta é com investimentos muito grandiosos, como Carnaval, Expofeira e muitas vezes o que é mais importante fica de lado. Não há estímulo nenhum e isso tem que mudar”, concluiu.
26 de julho de 2011
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