7 de outubro de 2010

PF procura provas anticorrupção

Cumprindo quatro mandados de busca e apreensão do inquérito da “Operação Mãos Limpas II,” assinados pelo ministro-relator João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STF), a Polícia Federal (PF) do Amapá vasculhou na manhã desta quarta-feira (6) a casa da ex-secretária municipal Hércia Souza, em Macapá e mais três endereços.

Hércia Souza foi exonerada na semana passada da Secretaria Ação Social e do Trabalho de Macapá (Semast) pelo prefeito Roberto Góes. Outros três endereços foram revistados pela PF, entre eles a casa de um assessor da Prefeitura, as sedes de uma Organização Não Governamental (ONG) e uma empresa, cujos nomes não foram divulgados.

Para a vaga de Hércia Souza na Semast, o prefeito de Macapá Roberto Góes nomeou a primeira-dama do município Sara núbia Góes. Na terça-feira (5), Góes anunciou mudanças na Prefeitura para “facilitar” as investigações da “Operação Mãos Limpas II,” assegurou.

“Laranjas”

Além da ex-secretária, novas substituições deverão ser anunciadas nos próximos dias pelo prefeito de Macapá. A PF não revelou o nome do servidor municipal e nem os outros locais onde os mandatos de busca e apreensão do juiz João Otávio de Noronha, foram executados.

Segundo a Assessoria de Comunicação da PF os outros três mandatos foram cumpridos em empresas que foram abertas em nomes de "laranjas" para receber, de forma fraudulenta, verbas da Prefeitura de Macapá. Durante a ação da PF ontem diversos documentos e computadores foram apreendidos.

O material apreendido deve ser enviado a partir desta quinta-feira para análise e perícia técnica em Brasília, onde o processo da operação é coordenado pelo STJ.
As investigações da “Operação Mãos Limpas” começaram após a Superintendência da Polícia Federal (PF) do Amapá receber denúncias sobre crimes de corrupção que estariam sendo praticados em órgãos públicos por políticos, servidores do Estado, do Município e empresários.

Na primeira parte da operação, a PF prendeu 18 acusados no Amapá e apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro, cinco carros de luxo – uma Ferrari, uma Masserati, duas Mercedes e um Mini Cooper – e duas armas.

Entre os presos, escoltados de Macapá para Brasília, estava o governador Pedro Paulo Dias de Carvalho (PPS), o ex-governador Waldez Góis (PDT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), José Júlio Miranda. A “Operação Mãos Limpas continua. No processo, há documentos que não podem ser revelados.

Fonte: IG/Brasília

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