Marina Silva e Dilma Rousseff tinham divergências desde quando Dilma era ministra de Minas e Energia. Em 2003, com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, Marina foi nomeada ministra do Meio Ambiente. Desde então, enfrentou conflitos constantes com outros ministros do governo, quando os interesses econômicos se contrapunham aos objetivos de preservação ambiental.
Marina afirmou que, desde a reeleição do presidente Lula, no fim de 2006, alguns projetos importantes de sua gestão, como a criação de áreas protegidas na floresta amazônica, haviam sido praticamente paralisados. Durante o primeiro governo Lula (2003-2006), foram delimitados 24 milhões de hectares verdes, contra apenas 300 mil hectares em 2007.
Em dezembro de 2006, enfraquecida por uma disputa com a Casa Civil, que a acusava de atrasar licenças ambientais para a realização de obras de infra-estrutura, a ministra Marina Silva avisara que não estaria disposta a flexibilizar a gestão da pasta para permanecer no governo.
Em 2008, agravaram-se as divergências com a ministra Dilma Rousseff da Casa Civil pela demora na liberação das licenças ambientais, pelo Ibama, para as obras no rio Madeira, em Rondônia. Essa demora e o rigor na liberação dos documentos foram considerados como um bloqueio ao crescimento econômico.
Marina Silva também denunciou pressões dos governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, para rever as medidas de combate ao desmatamento na Amazônia.
Em 13 de maio de 2008, cinco dias após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi atribuída a Roberto Mangabeira Unger, Marina Silva entregou sua carta de demissão ao Presidente Lula, em razão da falta de sustentação à política ambiental, e voltou ao exercício do seu mandato no Senado Federal.
12 de outubro de 2010
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