28 de outubro de 2010

AP: Sócios do Restaurante Terrazzo 107 são indiciados pela morte de criança

Na manhã da última terça-feira (26), na Delegacia Repressão e Crimes Contra a Criança e Adolescente (DERCCA), os sócios pelo Restaurante Terrazzo 107 foram indiciados, pela morte de uma criança de apenas dois anos de idade. A fatalidade comoveu a sociedade amapaense no Dia dos Pais.

O menor teria caído do prédio após uma falha em um dos para peitos do estabelecimento que estava sem o vidro de proteção, vindo a cair aproximadamente 50 metros de altura. Após a fatalidade, descobriu-se que o Restaurante não estava autorizado a funcionar, e que não teria nem sequer recebido autorização do Corpo de Bombeiros por considerar que o prédio não apresentava condições nenhuma de segurança.

Segundo a delegada Vilanir Alencar, depois de ouvir os empresários, vai relatar o episódio ao Ministério Público do Estado. “Observando as provas e as testemunhas, nós iremos decidir o indiciamento e analisar a responsabilidade onde eles serão enquadrados”, disse.

Essa seria o primeiro encontro dos empresários com a justiça. “Aqui seria o interrogatório e o indiciamento, assim com a ausência deles iremos de novo intimá-los novamente e isso não terá problema algum, porque agora eles terão que se justificar na justiça”, explica Vilanir.

A delegada ressalta que o caso chegou até eles através de ocorrência, assegurando que nada impede a delegacia especializada em crimes contra menores apurar. “Nada nos impede de apurar esse homicídio, ainda mais se tratando de uma criança. A família também conta muita, uma vez que estão muita fragilizada”, disse.

Diante dos autos revelar que estava proibido o seu funcionamento, a delegada informou que no dia do fato várias crianças estavam brincando no local. Ainda de acordo com Vilanir, outras mães informaram que nem imaginavam que o local estava apresentando falhas na sua segurança. “Todos os presentes ficara apavorados com o episódio, ninguém imaginava que isso iria acontecer, foi horrível e os responsáveis tem que responder pela falha que resultou na morte dessa criança”, definiu.

AÇÃO

O advogado da família, Alessandro Brito, informou que já entrou com uma ação de indenização por danos materiais e morais, onde pleiteia a reparação dos danos, onde esta na depreciação da justiça comum. “Estamos acompanhando o processo criminal, no qual confiamos nas instituições que estão a frente do caso, tudo para que seja feita justiça”, explica.

A delegada confirma que entre as inúmeras irregularidades encontradas no funcionamento do Restaurante, a falta de Alvará era uma delas. “O funcionamento do Restaurante estava por conta e risco exclusivamente de seus proprietários”, concluiu.

Fonte: Jornal do Dia

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