O Amapá chega ao final do oitavo ano de sofrimento, em estado grave, vitimado por uma doença muito grave, e em certos casos, incurável: a imoralidade.
Ao longo desse período, aqui se criou um novo conceito para a arte de roubar dinheiro público: o da “harmonia” que autoriza o saque desenfreado entre os ocupantes do poder, despeocupados pela certeza da impunidade, e sob os olhares complacentes de quem deveria inibir a prática nefasta.
Anunciada há bastante tempo, a quebradeira no Estado está cada vez mais evidente. As manobras utilizadas para cobrir rombos de um lado abrindo rombos do outro, já não está cobrindo nada. Falta comida nos hospitais, o dinheiro descontado dos servidores para pagamento de empréstimos consignados não chegou aos bancos, empresas prestadoras de serviços não recebem o que lhes é devido, e não pagam seus empregados, e os nomes de quem deve porque não recebeu, enchem os registros do Serasa, no lugar do verdadeiro caloteiro da história, o governo do Estado.
E enquanto tudo isso acontece, o povo amapaense é obrigado a aturar o governador Pedro Paulo, viajando para a Indonésia, negociando lá uma propina de 30 milhões de dólares, em troca da venda de terras que são propriedade do povo do Amapá, e informando pelo telefone de sua doce amada, que o filho dele, governador, estava em Dubai, nos Emirados Árabes, com a namorada, para quem havia comprado um óculos de U$ 1.500 (mil e quinhentos dólares), cerca de 2.500 reais, o que acrescenta pouca vergonha à imoralidade a que nos referimos no início.
Dito isso, vale a pena lembrar que os dois candidatos ao governo do Estado estão assumindo em suas campanhas, compromissos definitivos de combate à corrupção, que deve ser o pilar de sustentação de qualquer governo que pretenda, de verdade, retirar o Estado, da UTI onde se encontra hoje.
Por Corrêa Neto, Geléia Geral
28 de outubro de 2010
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