30 de outubro de 2010

Caiu na Net

TAM libera uso de internet nos voos

A companhia aérea TAM anunciou que está liberado o acesso aos serviços de telefonia móvel pelos passageiros, como navegar na internet via GPRS, fazer chamadas telefônicas e enviar SMS.

Inicialmente o serviço estará disponível apenas em uma aeronave da empresa, o Airbus A321 com 220 lugares, e em vôos domésticos com rotas entre Guarulhos, Recife, Natal, Fortaleza e Porto Alegre. Com isto a TAM se torna a primeira linha aérea a oferecer este serviço nas Américas.

A ferramenta já foi testada e aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e certificado pela European Aviation Safety Agency (EASA). Desde o início do ano a TAM vinha tentando obter a aprovação do serviço por esses órgãos.

O acesso aos serviços de telefonia móvel foi possível devido a uma parceria fechada com a OnAir, empresa que fornece sistemas para uso de celulares em aeronaves, que irá utilizar os satélites da Inmarsat SwiftBroadband.

O mecanismo permite que até oito passageiros utilizem celulares para ligações telefônicas ao mesmo tempo. Para dados e envio de SMS, não há restrições. O serviço fica disponível a partir do momento em que a aeronave atinge 4 000 metros de altura, quando os aparelhos entrarão em roaming internacional.

Proprietários de smartphones também poderão usar os aparelhos para acessar a internet e e-mails. O custo do serviço será definido pela operadora, portanto vale checar as tarifas antes de utilizar o sistema.

Durante decolagens e pousos, os passageiros serão orientados a desligar seus aparelhos eletrônicos. O sistema garante total segurança aos passageiros, pois impede que o sinal dos celulares cause interferência nos comandos da aeronave e na rede de antenas de celular em terra.

O sistema já foi utilizado em mais de 135 mil voos para 356 cidades, conectando passageiros de 83 países com acordos de roaming com aproximadamente 200 operadoras de telefonia móvel. A TAM pretende, para o próximo ano, ter mais aeronaves que operam voos domésticos equipadas com a tecnologia.

Máquina para gravar sonhos é possível, diz cientista

Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo eletrônico de gravação e interpretação de sonhos. Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia (oeste do país), afirma que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que, segundo o cientista, sugere que a atividade de células individuais do cérebro, os neurônios, é associada a objetos ou conceitos específicos.

Em sua pesquisa Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado. Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.

Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente. Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes" dos voluntários.

Análise do sonho


Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles eram considerados mensagens dos deuses. Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.

O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho.

"Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."

No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.

Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo.

Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados. Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo um filme.

Eletrodos e sensores


Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias. "Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.

Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.

No estudo publicado na revista "Nature", os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais.

Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.

"Seria maravilhoso ler as mentes das pessoas quando elas não podem se comunicar, como em pessoas em coma", disse o cientista.

Interface


Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de gravar sonhos.

Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para controlar computadores e máquinas.

Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.

O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de outra pessoa são muitos.

"Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas bem à sua frente", disse.

Fonte: BBC-BRASIL

Britânico é condenado a prisão por ofensas no Facebook

Um britânico foi condenado nesta sexta-feira (29) a 18 semanas de prisão por publicar mensagens ofensivas em páginas da rede social Facebook dedicadas a pessoas falecidas. Colm Coss, de 36 anos, morador da região de Manchester, publicou comentários em páginas como a dedicada à ex-estrela do Big Brother britânico Jade Goody, que morreu de câncer, e na de um garoto morto por um cachorro.

Nos comentários, Coss afirmava, entre outras coisas, ter tido relações sexuais com os cadáveres das vítimas. O desempregado foi descoberto após enviar a moradores de sua rua fotografias de si mesmo denominando-se um "troll" da internet. O termo é usado para se referir a pessoas que criam novas identidades falsas online para publicar comentários ofensivos, provocando mal-estar.

A juíza do caso, Pauline Salisbury, disse que Coss tinha como alvo "famílias traumatizadas e sofrendo de ansiedade". "Sabemos que você teve prazer com isso e não se arrepende do que fez", afirmou ela. A defesa levantou a possibilidade de problemas mentais, mas o argumento não foi aceito.

Fonte: BBC-BRASIL

Homem dominou afiação de pedras há 75 mil anos, revela estudo

Os homens pré-históricos do sul da África dominaram técnicas para afiar pedras e também o uso do fogo para fazer facas há pelo menos 75 mil anos, 50 mil anos mais cedo do que se pensava até o momento, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira.

A descoberta, feita na caverna de Blombos, na África do Sul, antecipa em pelo menos 50 mil anos o domínio desta técnica que consiste no aquecimento do silcreto, um material duro constituído por quartzos cimentados por sílica para modificar a estrutura e melhor moldá-la.

Essas pedras eram, em seguida, delicadamente trabalhadas com martelos de madeira ou de ossos para deixá-las bem afiadas.

"Essa técnica é a mais eficaz para dominar a afiação, espessura e forma de uma ferramenta de dois gumes, como as pontas de lança e as facas de pedra", explicou Paola Villa, conservadora do Museu de História Natural da Universidade do Colorado (oeste dos Estados Unidos), coautora deste estudo, que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.

Antes da descoberta destes objetos em Blombos, os indícios mais antigos da dominação destas técnicas sofisticadas remontavam somente à cultura Solutrense do Paleolítico Superior, na França e na Espanha, datando de aproximadamente 20 mil anos.

"A descoberta na caverna na Blombos é importante porque mostra que os humanos modernos no que é hoje a África do Sul tinham um repertório de técnicas sofisticadas de fabricação de ferramentas de pedra desde muito cedo", revelou Paola Villa.

"O uso dessas técnicas é um bom exemplo de uma tendência para desenvolver novas ideias e técnicas amplamente consideradas como características de comportamentos modernos e avançados", acrescentou.

Os pesquisadores analisaram 159 pontas e fragmentos de silcreto e 179 outras peças trabalhadas. Eles também examinaram mais de 700 escamas ou pequenas placas, feitas a partir do trabalho de amolação.

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