6 de agosto de 2012

Mobilidade urbana: um desafio do novo prefeito de Macapá

Fonte: Diário do Amapá

Saúde, Educação, Segurança e Habitação são sempre prioridades na maioria dos planos de governo de muitos candidatos que já concorreram ao pleito majoritário em Macapá. Porém, além disso, outro problema da cidade foi incluído nessa lista: a mobilidade urbana.

Uma prova da defasagem da estrutura física de Macapá está nos dados apresentados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), neste ano. Segundo o instituto, apenas 33,9% das ruas macapaense possuem calçamento.
Em entrevista ao Diário do Amapá, especialistas classificaram a mobilidade urbana de Macapá como um assunto que também deve ser tratado com um olhar especial.

Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Amapá (Crea/AP), Laércio Aires, o futuro prefeito deve ter um boa equipe técnica para resolver esses problemas específicos, desconsiderando que a cidade é pequena, e sim, uma em grande crescimento.

Acessibilidade

Macapá demonstra ser uma cidade deficiente em relação a própria deficiência dos portadores de necessidade físicas. Com calçadas desniveladas, sem rampas e despreparadas.

“Se trafegarmos pelas ruas da cidade. Iremos notar que nenhuma via é uniforme. Todas têm altos e baixos em suas calçadas. Além disso, os ambulantes atrapalham o passeio público”, disse Aires.

O engenheiro e ex conselheiro de Crea, Otávio Viana corrobora propondo uma alternativa na resolução desse problema, que é o comum acordo entre o cidadão e a prefeitura: “O poder municipal deveria estabelecer regras aos moradores para construir calçadas, dando alguns benefícios como descontos ou isenções no IPTU, por exemplo”.

Ir e vir

Os simples gestos de ir e vir estão se tornando cada vez mais difícil em Macapá. O alto índice de crescimento na frota de veículos, sem acompanhamento das vias públicas, deixa sempre o cidadão em estado de grande estresse devido o trânsito caótico formado em alguns horários.

“Quem transita da zona norte à sul, vice versa, sabe dessa dificuldade. Uma das soluções seria mudar o aeroporto da área urbana. O tempo dele já passou naquele lugar. Com isso, haveria um espaço a mais para construir uma rodovia que ligasse de fato, os dois pontos de Macapá, diferente da Rodovia Norte-Sul, que não atende a nossa necessidade”, argumentou Aires.

Com isso, a ligação daria na Avenida FAB e não na Rodovia Duca Serra, como está prevista a Norte-Sul.

Plano diretor

Com o novo Plano Diretor de Macapá, aprovado em 2009, a construção de grandes edificações passou a ser permitida, porém, o engenheiro especialista Otávio Viana, o contesta alegando o equívoco em seu planejamento.

“Foi dada essa autorização sem previsão de nada. Nem estacionamento, muito menos água, esgoto e energia. Essas quedas [de energia] no Centro devem-se e incapacidade de arcar com esse aumento de carga. Isso devido ao Plano Diretor, que foi visto sem considerar os outros parâmetros de uma construção”, conclui Viana.

1 comentários:

Anônimo disse...

Moro na zona norte, bairro Açaí e confesso que existe uma sub-prefeitura que não serve pra nada, pois, não temos água, esgoto, asfalto, iluminação, etc... Meu voto é nulo, pois, entra e sai prefeito e governador e tudo continua a mesma "BOSTA"....